Adrian Mutu deixou o Chelsea na primeira época de José Mourinho no clube após ter recebido uma suspensão de oito meses por testar positivo para cocaína, algo de que se arrepende até hoje
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Adrian Mutu, antigo avançado internacional romeno, recordou esta quinta-feira a forma como deixou o Chelsea em 2005, na primeira época de José Mourinho no clube inglês, após ter recebido uma suspensão de oito meses por ter testado positivo para cocaína num controlo antidoping.
Em entrevista ao jornal The Telegraph, o ex-avançado, que também jogou em clubes como o Inter, Parma, Juventus e Fiorentina na carreira, entre outros, admitiu que se arrepende desse erro até hoje, garantindo que podia ter sido “facilmente” eleito o melhor jogador do mundo naquela altura.
“Consumir cocaína durante a minha passagem pelo Chelsea foi a pior decisão que podia ter tomado na minha carreira. Eu estava sozinho e triste, mas não há depressão nem nada que justifique as minhas ações. Tolerância zero era a política do Chelsea em relação a drogas e penso que era justa. Eu cometi um erro, afastei-me desse caminho e paguei o preço por isso. Fui apanhado sem guarda, não estava habituado nem preparado para aquela vida. Eu cheguei ao Chelsea numa altura turbulenta da minha vida pessoal e encontrei-me enrolado em demasiadas desculpas e mentiras. Era demasiado jovem e estava demasiado sozinho”, refletiu.
“Bola de Ouro? Eu acredito que, por mais do que uma razão, estava entre os melhores jogadores do mundo, por isso, podia tê-la ganho facilmente. Mas as más decisões impediram-me de o fazer. Eu tento não me castigar demasiado sobre isso”, acrescentou.
Contratado ao Parma, por mais de 20 milhões de euros, em 2003, na época que antecedeu a chegada do "Special One" a Londres, Mutu registou dez golos e cinco assistências em 38 jogos pelo Chelsea antes desse escândalo de droga, numa altura em que tinha 26 anos.