Danilo denota exigência acentuada em Paris: "Criticam muito, gostam de ver espetáculo..."
Médio português, em entrevista ao jornal "Ouest-France", reconhece que vencer o adversário não é suficiente para os adeptos franceses do PSG, há que quase cilindra-lo em cada ocasião, mas retira um aspeto positivo dessa crítica desconstrutiva - a vontade em ser melhor. Vitória de Portugal, em França, no Euro'2016, até já lhe valeu apupos
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Mentalidade francesa: "Aqui, as pessoas criticam muito, muito. Muitas vezes de uma forma negativa. Pode-se criticar, pode-se querer que os jogadores façam melhor, que sejam melhores, isso não é um problema. Mas nem sempre é construtivo."
Adeptos exigem vitórias com espetáculo: "Essa é a grande diferença, em comparação com o clube, para a cidade. As pessoas querem ver espetáculo, é preciso marcar muitos [golos]. Os jogos são, por vezes, complicados, mas as pessoas não se importam. Por um lado é bom, porque nos coloca sob pressão, [sentimos] a necessidade de sermos melhores."
Sente que há pessoas zangadas consigo pela vitória de Portugal sobre a França em 2016: "Algumas pessoas parecem lembrar-se disso, mas não tenho qualquer problema."
Joga com Ronaldo na seleção, treina com Messi no PSG: "Não [sei se há um mais forte]. Mas temos a sorte de viver num período em que existem estes dois jogadores. Temos sorte em vê-los. É preciso tirar partido disso, é bom vê-los jogar. Tenho muito, muito respeito por ambos, que são totalmente diferentes."
História com Ronaldo: "Tenho uma memória de setembro passado. Contra a Irlanda, nas eliminatórias do Campeonato do Mundo. Estávamos a perder 1-0. A dois minutos do fim, chega ao banco e diz: "Não se preocupem, vamos ganhar". Eu olhei para ele, olhei para o ecrã do estádio e via 88 minutos. Eu pensei: "O quê? Bem, eu não disse nada. No final, ganhámos 2-1, com dois golos deles marcados aos 89 e 96 minutos."