Crianças de Cabo Verde acabaram por participar em torneio de Barcelos e ficaram em 4.º
EFAT participou no Torneio Internacional de Futebol Barcelos Cup e terminou na quarta posição
Corpo do artigo
A equipa da Escola de Futebol de Achada Grande Trás (EFAT), de Cabo Verde, que foi inicialmente impedida pelo Centro Comum de Vistos (CCV), de viajar para Portugal para participar no Torneio Internacional de Futebol Barcelos Cup, do escalão sub-11, que decorreu no fim-de-semana no Complexo Desportivo de Galegos Santa Maria, acabou por ver o problema desbloqueado a tempo de jogar.
A comitiva composta por 11 crianças e jovens e quatro adultos até fez excelente figura, terminando em 4.º lugar, entre 16 formações, numa competição que foi conquistada pelo Benfica.
Para a história, além do mais importante que foi a participação das crianças, fica a prestação deixada pelos cabo-verdianos: somaram dez pontos em cinco jogos, com três vitórias, um empate e uma derrota. Marcaram 15 golos e sofreram seis, sendo o terceiro melhor ataque da prova.
Como "prémio", o Gil Vicente recebeu no seu estádio a comitiva da EFAT.
Recorde-se que o CCV, entidade que emite as autorizações em Cabo Verde, justificou a decisão, há cerca de uma semana, com o facto de existirem "dúvidas razoáveis quanto à intenção do requerente de sair do território dos Estados-membros antes de caducar o visto".
Algo que provocou indignação geral e a própria Câmara de Barcelos, entidade que garantiu o alojamento, a alimentação e o transporte durante o evento, interveio, com o presidente Mário Constantino a apelar para que tudo fosse resolvido até à data do torneio, o que veio a acontecer.
Segundo informações do jornal cabo-verdiano A Nação, a equipa já tinha gasto cerca de 1 500 contos – o equivalente a 13 600 euros, sensivelmente – para preparar a viagem e na obtenção de vistos.