Conceição: "Depois do FC Porto, podia ter ganho dez vezes mais do que no Milan"

O Milan precisa de uma revolução no plantel? “Mudar um ou dois jogadores não é muito. Eu entendo a vossa curiosidade e também que vocês [jornalistas] falem disto, porque é melhor do que falar sobre o Taremi ou o Lautaro [Martínez] do Inter. Tirarem estas conclusões antes de um Milan-Inter, que o mundo inteiro vê, em que temos de melhorar muito e quando tenho várias coisas na minha cabeça... Se quiserem tirar conclusões do mercado, podemos falar sobre isto numa conferência de imprensa noutra altura”. 

Espera mais dificuldades depois da vitória sobre o Inter na final da Supertaça? “Todos os treinadores querem a perfeição. Aqui, temos de trabalhar para termos uma base. Enquanto treinador, eu tenho sempre as malas feitas, os treinadores são assim. Depois de ter deixado o FC Porto, podia ter ganho dez vezes mais do que no Milan, vim para aqui porque acredito que podemos fazer algo importante. Este é um dos piores momentos na história do Milan, tenho noção disso e essa noção é a base para começarmos a trabalhar”. 

Para além dessa base, o Milan precisa de mais serenidade interna? “As pessoas confundem calma com paixão. É assim que eu sou.  Se eu chegar aqui antes de um jogo, não finjo e vivo o jogo com paixão e emoção, mas isso não significa que estou sempre zangado. O meu caráter é assim, tenho 50 anos e não sei se consigo mudar. Estou convencido de que trabalhámos para fazermos um bom jogo amanhã e estou calmo quanto a isso, mas tenho paixão. O meu caráter é assim e não há nervosismo, é simplesmente a minha forma de ser. Mesmo que ganhemos 4-0, vou estar aqui a gesticular, a ser eu mesmo”.