PREMIUM - Christian Constantin dispensava a o registo de primeiro presidente a despedir futebolistas no auge da crise do vírus.
Corpo do artigo
Antigo guarda-redes de segunda linha, colega do alemão Ottmar Hitzfeld que mais tarde treinaria o Bayern Munique, o suíço Christian Constantin (63 anos) dispensava a o registo de primeiro presidente a despedir futebolistas no auge da crise do vírus. Constantin soma duas passagens pelo FC Sion, uma primeira enquanto presidente eleito (1991 a 1997) que ficou marcada pelo buraco deixado de 15 milhões de euros.
Em 2010, durante um jogo com o Lugano que estava empatado (1-1), mandou calar e sentar o compatriota Bernard Challandes e passou ele próprio a dar instruções para o campo. Acabou por ganhar 3-2
Seis anos mais tarde, em 2003, o desenhador-projetista de profissão (descrito como "arquiteto") comprou o clube em baixa, tão em baixa que, nesse ano, o Sion falhou o licenciamento da Liga e foi atirado para as divisões inferiores. Constantin partiu para a guerra judicial com os recursos que o seu gabinete de arquitetura/empresa de construção civil lhe garantiam e conseguiu reverter a sentença em vários. Nessa altura, já levava nove mudanças de treinador noutras tantas épocas, mas estava só a aquecer: de 2003 para cá fez 51 despedimentos, alguns deles épicos. Entre 2008 e 2009, dirigiu a equipa ele próprio em quatro jogos (duas vitórias, um empate e uma derrota). Em 2010, durante um jogo com o Lugano que estava empatado (1-1), mandou calar e sentar o compatriota Bernard Challandes e passou ele próprio a dar instruções para o campo. Acabou por ganhar 3-2 e Challandes teve de comparecer na conferência de Imprensa mais humilhante jamais protagonizada por um técnico.
em 2017 já não houve advogados capazes de o salvarem das imagens capturadas, de soslaio, por uma câmara de televisão das agressões à bofetada e ao pontapé ao antigo selecionador suíço Rolf Fringer
Habituado a ser tratado por "malcriado" e "desrespeitador" pela Imprensa suíça, Constantin gosta de adversários potentes. Em 2010, contratou o guarda-redes egípcio El-Hadary, que estava vinculado ao Al-Ahly e não tinha permissão para negociar. Perante o imediato castigo da FIFA, o histriónico presidente do Sion fez imediatamente uma série de ameaças, incluindo boicotes aos jogos fora de casa, e a verdade é que, mais uma vez, os seus advogado/Ferrari resolveram o problema. Mas em 2017 já não houve advogados capazes de o salvarem das imagens capturadas, de soslaio, por uma câmara de televisão das agressões à bofetada e ao pontapé ao antigo selecionador suíço Rolf Fringer, agora comentador de televisão.
Castigado com 14 meses de suspensão, Constantin teve de renunciar ao projeto de candidatura da cidade de Sion aos Jogos Olímpicos de 2026, que ele próprio lançara e impulsionara, embora com métodos estranhos. O suíço de Martigny, no cantão francês de Valais, começou por registar legalmente uma variedade de nomes, slogans e domínios relacionados com a candidatura que forçou a organização a negociar com ele. Saiu do episódio com um cargo importante que, contudo, não resistiu às bofetadas a Fringer exibidas na televisão nacional.
hpZv_v99ci4