Caso Manchester City: contrato de Mancini investigado pela Premier League
A Premier League acusou o Manchester City de ações fraudulentas com contratos de jogadores e treinadores, que resultariam no incumprimento do fair-play financeiro desde 2008, ano de compra do clube.
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Na segunda-feira, a Premier League acusou o Manchester City de várias irregularidades financeiras relacionadas com contratos de jogadores e treinadores desde 2008, ano de compra do clube por parte do Abu Dhabi United Group, fundo de investimento presidido por Mansour bin Zayed Al Nahyan.
As acusações surgiram de uma investigação levada a cabo pela Liga inglesa nos últimos quatro anos, tendo sido reunida uma comissão independente para averiguar a situação. Um dia depois, o jornal alemão Der Spiegel e o italiano L'Espresso revelam um dos possíveis contratos fraudulentos que está a ser analisado.
Em causa está o vencimento do treinador italiano Roberto Mancini entre 2009 e 2013, que não terá sido declarado na totalidade por parte do clube inglês, de forma a contornar as regras do fair-play financeiro da UEFA.
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Quando assinou contrato, Mancini terá concordado em receber um valor-base por parte do City e ainda uma verba "secreta" paga pelo Al Jazira, clube dos Emirados Árabes Unidos também detido por Mansour bin Zayed Al Nahyan, com recurso a contas offshore sediadas em Maurícia, conhecida como um paraíso fiscal.
Esses rendimentos terão sido descritos como "serviços de consultadoria" relacionados com futebol, permitindo que o Manchester City não tivesse de os declarar à UEFA, baixando a sua folha salarial.
De resto, o bicampeão inglês já reagiu à acusação da Premier League com uma nota em que se mostra "surpreendido" com a quantidade de informações e detalhes a que a Liga inglesa teve acesso. Em caso de condenação, os castigos ao clube podem ir de uma redução de pontos na tabela classificativa até à despromoção na secretaria.
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