Carvajal e o "caso Rubiales": "Não posso vitimizar ou culpar alguém sem uma sentença final"

Dani Carvajal veio a público justificar-se, esta quarta-feira, depois das declarações controversas que proferiu sobre o "caso Rubiales", ocorrido logo após a final da nona edição do Campeonato do Mundo de futebol feminino, que terminou com vitória da seleção da Espanha sobre a Inglaterra (1-0), a 20 de agosto, em Sydney, na Austrália: o beijo que Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), deu à jogadora Jenni Hermoso.

"Tudo o que eu disse está claro. Defendo a presunção de inocência, que é um direito constitucional. Respeito isso. Não posso vitimizar ou culpar alguém sem uma sentença final. Em nenhum momento afirmei que Jenni não é a vítima, apenas disse que a presunção de inocência deve ser mantida. Se está a passar por isso, temos de nos solidarizar com ela. Também não acredito que o presidente se esteja a divertir. Não estou aqui para catalogar ninguém", apontou o lateral direito do Real Madrid, em conferência de imprensa da seleção espanhola de futebol masculino.

O jogador, de 31 anos, falou ainda sobre o trabalho que Luis Rubiales tem feito à frente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). "A opinião que tenho dele é que tem um excelente trato profissional com as pessoas. Sempre nos ajudou de forma excecional em relação a famílias, campeonatos e outras coisas mais. Não sou ninguém para fazer ou desfazer o que quer que seja na RFEF", referiu.

Por fim, no que concerne ao comunicado da seleção masculina a solidarizar-se com Jenni Hermoso, o defesa foi taxativo. "É muito complicado gerir 24 opiniões dentro de um balneário. Fizemos isso com as melhores intenções, para elas e para nós. Creio que foi um comunicado de acordo com a situação e com o que representamos", argumentou.

Recorde-se que, esta quarta-feira, Marc ​​​​​​​Crosas, antigo futebolista do Barcelona, arrasou Dani Carvajal, salientando a postura "machista" do internacional espanhol relativamente ao "caso Rubiales".