Rumores davam como certa a morte, por eutanásia, depois dos Jogos Paralímpicos do Rio'2016, mas Marieke Vervoort sublinha que quer desfrutar da vida
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Desde 2008 que Marieke Vervoort tem na mão o documento que autoriza a própria morte por eutanásia, para aliviar o sofrimento de uma doença degenerativa de que sofre desde os 14 anos e que lhe roubou as duas pernas. A atleta dos 100 e 400 metros em cadeiras de rodas, já com um ouro e uma prata dos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, não deseja, como tem sido anunciado, colocar termo à vida depois da competição do Rio de Janeiro. "Não quero a eutanásia agora. Vivo um dia de cada vez e quando chegar o momento, avançarei. Vou deixar a competição por causa das dores, que são cada vez maiores. Nunca disse que iria pedir a eutanásia depois dos Jogos. Não é verdade. Tenho os papéis desde 2008, mas agora quero é viver, ter mais tempo para a família e amigos. Quando já não quiser viver mais, então tenho os papéis. Muita gente pensa que quero morrer, mas não é verdade. Em 2008 vivia com muitas dores e não quero viver com uma dor insuportável."
Os 37 anos a atleta belga que vive em Lanzarote, Espanha, confessou ainda em declarações à Marca, confessa ainda que espera que a lei mude em Espanha para que, quando chegar o momento, possa morrer em casa.