Astros alinharam-se para dar ao selecionador a oportunidade de utilizar quatro galácticos ao mesmo tempo.
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João Félix constituiu, já neste verão, a quarta transferência mais cara da história do futebol mundial. Bernardo Silva deixou a Europa toda a acusar a injustiça da sua ausência entre os dez finalistas do prémio The Best, para eleger o melhor jogador do mundo. Bruno Fernandes, por sua vez, passou a ser o "Senhor 50" - número de golos que apontou desde que chegou ao Sporting, sem esquecer as 42 assistências ou penáltis sofridos. E Cristiano Ronaldo, claro, é Cristiano Ronaldo.
167: número de golos nas duas últimas épocas entre estas quatro estrelas do futebol. 97 foram os passes decisivos e penáltis sofridos
O estatuto de estrelas de dimensão mundial em relação a este quarteto é, agora, consensual. Estamos, sem dúvida, na presença de quatro futebolistas de exceção, para sorte do selecionador Fernando Santos, que ontem, na Cidade do Futebol, os orientou na primeira sessão de treinos com vista aos jogos decisivos frente a Sérvia (sábado) e Lituânia (terça-feira seguinte), a contar para o Grupo B da fase de apuramento do Europeu de 2020.
O Engenheiro não vai desaproveitar a oportunidade que os astros lhe concederam de poder dispor destes quatro ases ao mesmo tempo. Portugal está proibido de perder e, portanto, é hora de atirar para cima da mesa os principais trunfos.
Até agora, o quarteto ainda só jogou junto durante um total de 70 minutos, na meia-final da Liga das Nações frente à Suíça. Mas nessa altura havia quem não tivesse ainda o atual estatuto
Se tal ocorrer na Sérvia, será a segunda vez que Fernando Santos utiliza o recurso: é que, nas meias-finais da Liga das Nações, foi com os quatro no onze inicial que Portugal venceu sem espinhas a Suíça, por 3-1. Coincidência ou talvez não, falamos de uma das melhores exibições da Seleção nos últimos tempos.
Na final da mesma prova, João Félix não saiu do banco, mas Portugal acabou por vencer a Holanda, conquistando a competição. Agora, os jogadores reencontram-se após esse triunfo, pelo que melhor estado de espírito não podia haver para retificar os dois empates concedidos frente a sérvios e ucranianos nas duas primeiras participações lusas neste Grupo B.
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E isto sem esquecer de sublinhar o potencial produtivo de um quarteto que na última época, a seu cargo, somou a "módica" quantia de 93 golos e mais 53 participações diretas, seja em assistências ou penáltis sofridos. Uma barbaridade que dificilmente encontrará paralelo no futebol mundial.
Não se podendo dizer que estes números são fruto do acaso, uma vez que na época anterior o mesmo quarteto tinha somado um total de 74 golos e 44 assistências. Ou seja, nas duas últimas temporadas, entre os quatro, foram 167 golos e 97 passes decisivos.
Arranque prometedor
Esta temporada, os quatro trunfos de Fernando Santos já deixaram marca: Ronaldo tem um golo; Félix, um golo e uma assistência; Bernardo Silva, um golo; Bruno Fernandes, dois golos e quatro assistências.