Artur Jorge visa arbitragem e fala de "ansiedade": "Amanhã será incompetência, nervosismo..."
Botafogo empatou 0-0 no terreno do Atlético Mineiro, que volta a encontrar a 30 de novembro, na final da Taça Libertadores
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Empate: "Saímos líderes novamente, continuamos sem perder. Sabíamos que teríamos um jogo difícil, o Atlético Mineiro é uma boa equipa. Hoje [o Atlético Mineiro] não quis jogar, mas conheço o valor da equipa. É um ponto e continuamos líderes. Faltam 12 pontos para disputar e vamos à luta."
Final da Taça Libertadores, que vai opor as duas equipas: "O contexto de final vai ter uma envolvência diferente da que tivemos hoje, fosse qual fosse o resultado. Creio que não podemos levar daqui aquilo que vai acontecer no dia 30. As coisas vão ser, seguramente, diferentes para as duas equipas. Eu conheço bem a forma de jogar do Atlético Mineiro, como se comporta, e as defesas trabalham, com três defesas, dois homens na frente, e o Gabriel sabe como nós jogamos. Portanto, há conhecimento deles ao longo de toda a temporada. Não me surpreendeu nada porque eles jogaram da mesma forma, fomos mais capazes com mais bola, na primeira metade. Tivemos algumas oportunidades para finalizar e teria sido muito diferente se alguma dessas oportunidades tivesse sido concretizada. Tivemos um Atlético Mineiro que prevíamos ter, principalmente no primeiro tempo, sobre a sua postura em campo."
Críticas à arbitragem: "O que eu quero falar é sobre o jogo. É o que nos traz aqui. O jogo que tivemos, na minha perspectiva, eu posso avaliar o que nós fizemos, trabalhamos e trazemos para o espetáculo. Mas péssimos, também. Vocês poderiam ter um cuidado, perder algum tempo, ou ganhar algum tempo, para poderem perceber aquilo que condiciona também o espetáculo. Tivemos uma arbitragem infeliz. E isso acaba por condicionar o espetáculo. E disse isso na parte final. Não é aceitável que se tenha um jogo constantemente parado e que tudo se permita para que a partida não flua, não tenha ritmo. E isso tudo condiciona para que se tenha avaliações diferentes sobre o jogo, uma emocional e outra racional. O racional disse que somámos um ponto contra um adversário difícil. O lado emocional diz que era desnecessário isto tudo, porque estamos aqui para jogar, disputar, podemos ganhar, perder ou empatar. Mas infelizmente tivemos uma conivência para que isso pudesse acontecer."
Ansiedade? "Nós teremos adversários que nos vão avaliar em todos os contextos. Hoje será por ansiedade, amanhã por incompetência, por nervosismo... Vamos colocar as coisas de forma serena. Nós sabemos o nosso caminho. Fomos tentando criar. Temos que valorizar o facto de termos tido uma linha de nove homens dentro da grande área, portanto, dificulta as ações. Não podíamos perder o controlo do momento defensivo. É o meu papel também tentar fazer algumas alterações para criar situações diversas e diferentes para encontrar o melhor caminho. Faltaram mais bolas na área, não o fizemos tantas vezes como queria. Tínhamos muita gente na área. Tivemos Tiquinho e Júnior, depois o Igor. Tivemos o Matheus na esquerda, Jeffinho na direita. Muita gente na frente, mas não conseguimos ultrapassar uma barreira compacta que queria defender o ponto que tinham naquele momento."