"Arábia Saudita? Se o teu jogador favorito for para Marte, deixas de o seguir"
Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, voltou a desvalorizar o investimento que a Arábia Saudita realizou no último mercado de transferências, comparando-o novamente com o assistido no futebol chinês há cerca de uma década, que se revelou inconsequente.
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Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, concedeu esta terça-feira uma entrevista a um meio de comunicação na Eslovénia, de onde é natural, voltando a desvalorizar o investimento que a Arábia Saudita realizou no último mercado de transferências.
O dirigente do órgão que tutela o futebol europeu comparou as intenções do futebol saudita com o que se registou há cerca de uma década na China, que beneficiou de um elevado investimento financeiro para atrair nomes conhecidos da Europa, ainda que de forma inconsequente para a sua afirmação ao nível global.
"Eu penso que esta história vai ser relativamente breve. Eu já disse várias que esta é a abordagem errada ao desenolvimento no futebol. Não consegues desenolver o teu futebol ao recrutar jogadores que terminaram praticamente com as suas carreiras na Europa", começou por dizer, antes de pegar no exemplo da China.
"A China fez a mesma coisa há uns anos atrás e, até hoje, a sua seleção não se qualificou para o Mundial. Eu não acho que devemos tomar ações em qualquer Liga. Os números são provavelmente um bocado altos atualmente, mas não vejo jovens estrelas como Erling Haaland ou Kylian Mbappé interessados em irem para a Arábia Saudita", apontou.
Em jeito de conclusão, Ceferin garantiu que o futebol europeu não sente a falta dos jogadores que decidiram rumar à Arábia Saudita, nos quais se incluem nomes como Cristiano Ronaldo, Neymar, Sadio Mané, Otávio ou Rúben Neves, entre outros.
"O nosso futebol é realmente bom. As nossas investigações mostram que as pessoas acompanham duas coisas: os seus clubes ou seleções nacionais e as competições. Se o teu jogador favorito for para Marte, deixas de o seguir. Este tipo de notícias só é interessante no mercado de transferências", rematou.
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