Bruno Labbadia vai deixar o clube germânico no final da época e o treinador português, que em novembro confessou estar a aprender alemão, é forte possibilidade para assumir a equipa em 2019/20
Corpo do artigo
André Villas-Boas está sem trabalhar desde o final de 2017, quando deixou o comando do Shanghai SIGP, mas o regresso aos bancos deverá acontecer já no início da próxima época, como é desejo do treinador, surgindo o Wolfsburgo como forte possibilidade para um novo desafio na carreira do técnico.
Bruno Labbadia é o atual treinador do Wolfsburgo, oitavo classificado na Bundesliga, mas segundo informações da imprensa alemã não verá o contrato renovado e deixará o clube no final da temporada por divergências com o diretor-desportivo Jorg Schmadtke. Este último teria em Marco Rose, técnico do Red Bull Salzburgo, o preferido para ocupar o cargo, mas o técnico alemão tem sido apontado como provável substituto de Dieter Hecking no Borússia Moenchengladbach. Perante este cenário, o nome de Villas-Boas ganha força, até porque se encontra livre e Schmadke assumiu ontem que gostaria de ver a situação do futuro técnico "clarificada até ao início de maio".
Aos 41 anos, Villas-Boas manifestou em novembro do ano passado, no decorrer da Web Summit, o desejo de voltar a treinar na próxima época e fez ainda uma revelação significativa: "Estou a aprender alemão porque é um mercado que me interessa e é conveniente saber a língua." No passado, já fizera outras declarações em que apontava a Bundesliga como um dos campeonatos mais atraentes.
Depois de vários anos a trabalhar nas equipas técnica de José Mourinho, no FC Porto, Chelsea e Inter de Milão, Villas-Boas tornou-se pela primeira vez treinador principal em outubro de 2009, quando assumiu o comando da Académica. Em maio de 2010 trocou a Briosa pelo FC Porto e numa temporada memorável conquistou o campeonato, a Taça e a Supertaça de Portugal e ainda a Liga Europa. Causou tamanho impacto que abandonou a sua "cadeira de sonho" para ingressar no Chelsea, o qual pagou 15 M€ para tirá-lo dos dragões.
A aventura nos blues não correu como esperado e foi despedido no início de março de 2012, isto numa época em que o seu sucessor, Di Matteo, acabaria por levar os londrinos à conquista da Liga dos Campeões. O técnico português ingressou depois no Tottenham, onde completou a primeira época com um recorde de pontos no clube, há data, na Premier League. Contudo, em dezembro de 2013 foi despedido dos spurs, para espanto geral. Seguiu-se o Zenit, onde entrou em março de 2014 e de onde saiu no final da época de 2015/16. No emblema russo conquistou um campeonato (2014/15), uma Taça (2015/16( e uma Supertaça (2015). A última etapa na carreira foi o Shanghai SIGP, onde esteve apenas uma época, tendo terminado a Superliga chinesa no segundo lugar e disputado as meias-finais da Champions Asiática.