Jovem avançado brasileiro estreou-se a marcar na Liga dos Campeões num lance em que tinha a opção de passar a Kylian Mbappé e Vinícius Júnior, escolhendo rematar
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O Real Madrid iniciou na terça-feira a defesa do título da Liga dos Campeões com uma vitória caseira sobre o Estugarda (3-1), que ficou fechada com a estreia a marcar de Endrick na prova.
O jovem avançado brasileiro, de 18 anos, foi lançado aos 80 minutos por Carlo Ancelotti e ainda foi a tempo de marcar no seu primeiro jogo na Champions (90+5’), escolhendo rematar num lance de três para um em que tinha também a opção de passar a Kylian Mbappé e Vinícius Júnior.
Questionado sobre essa decisão no final da partida, Ancelotti admitiu que ficou surpreendido, mas aplaudiu a escolha de Endrick.
“Endrick teve coragem, porque era a última bola do jogo. A melhor solução era aproveitar o três para um, mas ele fez muito bem, ainda que talvez fosse a solução mais complicada. Correu-lhe muito bem. Ele é capaz de fazer algo que ninguém pensa, porque eu não podia pensar que ele iria rematar naquela situação. Ele tem esse dom, já o mostrou em dois jogos e nos treinos. Tem um remate muito forte e muito rápido. Creio que nestes dias demonstrou ser muito valente em todos os sentidos”, elogiou o técnico, evitando falar sobre o recente casamento do jovem.
Num âmbito mais geral, o técnico do gigante “merengue” admitiu que a sua equipa ainda não está a jogar ao nível que pretende, mas desvalorizou o “sofrimento” de que foi alvo na partida, dizendo que isso faz parte do ADN da Liga dos Campeões.
“Ainda estamos à procura da nossa melhorar versão. Em momentos estivemos bem, tentámos pressionar, mas eles faziam bolas longas. Depois tomámos o controlo do jogo, marcámos e até aos 60 minutos mandámos. Depois do empate tivemos a força para ganhar um jogo muito importante. Se alguém pensa que ganhar estes jogos é simples, está enganado. Treinei em mais de 200 jogos na Champions e não me lembro de nenhum sem sofrer. E ninguém sabe melhor do que o Madrid o que é ganhar uma Champions com sofrimento”, apontou.
“Ganhámos as nossas duas últimas Champions a defender bem e aproveitando a rapidez dos da frente. Temos de trabalhar mais na posse de bola, mas sem nunca esquecer que a forma mais simples de ter ocasiões é aproximarmo-nos da baliza o mais rapidamente possível”, completou.