Alex Song despede-se do futebol: "Comecei a jogar descalço na gravilha..."
Médio camaronês terminou a carreira de futebolista aos 36 anos
Corpo do artigo
Aos 36 anos, Alex Song anunciou o final da sua carreira de jogador. A decisão foi anunciada na terça-feira, por via de uma publicação nas redes sociais em que o médio salientou a forma humilde como entrou no mundo do futebol.
“É com grande tristeza que chegou a altura de pendurar as chuteiras. O meu percurso, que começou em Yaoundé, em criança, a brincar sem chuteiras, descalço e em gravilha dura, deu-me força e coragem para vencer. Quando me mudei para França, para jogar no Bastia, pensei que tinha conseguido um milagre. No entanto, isso foi apenas o início, pois a minha viagem continuou até ao Arsenal e ao Barcelona, dois dos maiores clubes do mundo. Foram muitas as pessoas que me ajudaram ao longo deste percurso: a minha mulher, os meus filhos, a minha família, os meus amigos, o meu agente, os meus treinadores e, claro, todos os meus colegas de equipa, a quem estarei eternamente grato”, começou por escrever, no Instagram.
“Claro que o Charlton, o West Ham, o Rubin Kazan, o Sion e o Arta/Solar 7 ficarão sempre no meu coração. Ter a honra de representar o meu país 60 vezes também me encheu de grande orgulho. Sinto-me abençoado com tantas recordações fantásticas que ficarão para sempre comigo. Por último, gostaria de agradecer a todos os fãs que me apoiaram ao longo deste percurso. Espero voltar a ver-vos a todos em breve”, completou.
Internacional pela seleção principal dos Camarões em 49 ocasiões, Song completou a formação no Bastia, dando o “salto” para o Arsenal em 2005. Depois de oito épocas vinculado aos gunners, com um empréstimo ao Charlton pelo meio, o médio seguiu para o Barcelona, que representou durante duas temporadas, conquistando uma LaLiga e uma Supertaça de Espanha.
Depois de passagens pelo West Ham (Inglaterra), Rubin Kazan (Rússia) e Sion (Suíça), Song decidiu afastar-se do futebol europeu, assinando em 2020 pelo Arta Solar, do Jibuti, que acabou mesmo por ser o último clube da sua carreira.
Nota ainda para a participação do agora ex-jogador nos Jogos Olímpicos de 2008, em duas edições da Taça das Nações Africanas (2008 e 2010) e em dois Mundiais (2010 e 2014).