Abramovich recusa doar receita da venda do Chelsea apenas à Ucrânia e quer incluir Rússia
O antigo proprietário dos blues estará a recusar assinar o documento que iria oficializar a doação à Ucrânia, devido a pretender que a verba seja dividida "substancialmente" com os afetados pela guerra na Rússia, uma opção que nunca será permitida pelo governo britânico nem pela Comissão Europeia.
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Na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o Chelsea, que era detido pelo russo Roman Abramovich, foi alvo de sanções por parte do governo britânico, levando à sua venda para o norte-americano Todd Boehly, a troco de um valor líquido de cerca de 2,7 mil milhões de euros.
Na altura, o empresário russo, cuja proximidade a Vladimir Putin é conhecida, garantiu que iria doar esse valor para uma fundação solidária de apoio às vítimas do conflito na Ucrânia e Rússia mas, segundo reporta o jornal Daily Mail, o valor continua na sua posse.
Isto porque o antigo proprietário dos blues estará a recusar assinar o documento que iria oficializar a doação à Ucrânia, devido a pretender que a verba seja dividida "substancialmente" com os afetados pela guerra na Rússia, uma opção que nunca será permitida pelo governo britânico nem pela Comissão Europeia.
James Cleverly, secretário de Estado britânico, admitiu na semana passada que, de momento, não existem garantias de que a Ucrânia vá receber esse valor: "Queremos ter a certeza de que o dinheiro irá exclusivamente para os alvos destinados. Preciso de garantias completas de que isso é o caso".
Em declarações ao Daily Mail, uma fonte próxima ao caso reforçou a mesma ideia: "Esperava-se que o dinheiro fosse transferido no último verão e depois em janeiro. Agora, esperamos que o dinheiro comece a chegar à Ucrânia antes que as condições rigorosas do inverno voltem, mais perto do fim do ano, mas atualmente não existem garantias de que isso vá acontecer".
Assim sendo, o valor da receita proveniente da venda do Chelsea mantém-se congelado num banco britânico que pertence a uma empresa detida por Abramovich, aguardando-se que se chegue a acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, de forma a que seja transferido para a Ucrânia.
Tendo por base as sanções aplicadas à Rússia pela União Europeia, o dinheiro só poderá ser transferido para causas solidárias na Ucrânia.
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