Abel visa adeptos do Palmeiras: "Gostamos mais de uma palavra de apoio do que de uma faca nas costas"
O Palmeiras sentiu este enormes dificuldades para vencer o América, na quinta jornada do Brasileirão
Corpo do artigo
O Palmeiras sentiu este domingo enormes dificuldades para vencer o América, na quinta jornada do Brasileirão. O golo da vitória., por 2-1, surgiu apenas no sexto minuto do período de compensação. "Entrámos desconcentrados e demos 45 minutos de vantagem ao nosso adversário. Os jogadores brasileiros têm muita qualidade técnica, mas falta intensidade de jogo e intensidade mental para correr e lutar mais do que o adversário. Quando juntamos esses ingredientes todos, vemos o que aconteceu na segunda parte. Nesse período vimos uma equipa com ambição e vimos uma equipa insatisfeita com aquilo que fez na primeira parte. Marcámos nos últimos segundos, mas o 2-1 devia ter acontecido mais cedo. É uma lição para o ano todo. É um jogo que temos de ter sempre na cabeça", disse Abel Ferreira, na conferência de imprensa.
Com o campeonato a decorrer ao mesmo tempo do que a Copa América, a opção passa por soluções que não titulares. Abel assume o risco de apostar nos mais jovens. "Temos a noção do risco que é apostar. São dores de crescimento. Há um ano ou dois alguns destes jogadores estavam a jogar nos sub-20, casos de Patrick de Paula, Gabriel Menino, Danilo e Renan. Agora exigimos a esses jogadores o que exigimos aos mais experientes. Na vida ninguém nasceu a correr. Começam primeiro a gatinhar, depois andamos e caímos, depois começamos a andar e só depois é que começamos a correr. No futebol é exatamente igual. Vamos ter paciência e apoiá-los quando cometerem erros".
"Quando ganhámos o treinador é espetacular, mas se tivéssemos perdido ou empatado o treinador é fraco e não percebe nada de futebol. O plantel está muito reduzido, uns por lesão e outros nas seleções, mas estes jogadores têm dado uma boa resposta. Apesar das ausência, estes rapazes têm tido um comportamento que me agrada. Este campeonato é uma maratona", acrescentou o treinador português.
Sobre as críticas dos adeptos, Abel Ferreira foi claro: "O mesmo que exijo a mim é aquilo que exijo aos adeptos, que apoiem a equipa e que sejam fiéis. Quando mais unidos estivermos, mais temidos seremos. Todos, desde os 16 milhões de adeptos que temos, incluindo as nossas claques. Quando as coisas não correm bem na nossa vida gostamos mais de uma palavra de apoio do que de uma faca nas costas. É o que sinto, quando alguns adeptos criticam quando mais precisamos de apoio. Não precisamos de sangue. Nós sabemos que temos de melhorar. Criticar quando as coisas estão mal, isso é normal, diferentes são aqueles que apoiam quando não estamos bem", concluiu.