Treinador português do Palmeiras fez a antevisão ao jogo das meias-finais do Mundial de clubes, frente aos mexicanos do Tigres.
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O Palmeiras vai tentar, no domingo, carimbar uma vaga na final do Mundial de clubes e, para tal, terá que ultrapassar os mexicanos do Tigres, campeões da CONCACAF.
Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, marcado para as 18h00, em Doha (capital do Catar), Abel Ferreira, técnico português que celebrou recentemente a conquista da Taça Libertadores, traçou a meta de alcançar o que o Palmeiras nunca conseguiu: ser campeão do Mundo.
"É algo que ainda não foi feito no nosso clube e que nos motiva e desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos para consegui-lo. Somos capazes de fazê-lo e ainda melhor do que cada um de nós pensa, é nisso que temos de acreditar. Foi o que nos levou a vencer a Libertadores. Isto que temos de fazer, viver com intensidade, competir, é para ganhar. É a nossa forma de estar, temos de fazer aquilo que sabemos, jogar futebol de alto nível, com que nos sentimos seguros, de que desfrutamos, é o que vamos tentar fazer amanhã [domingo]. Respeitando o nosso adversário e competir", afiançou Abel, que traçou as diferenças entre o futebol brasileiro e o mexicano:
"Quando falamos de futebol brasileiro, falamos de talento. Do mexicano, do uruguaio, é raça, atitude, querer. É isso que queremos juntar: raça, talento e atitude. Por isso é que os sul-americanos se dão bem. Não basta ser bom tecnicamente, é preciso dividir cada duelo como se fosse o último. Temos que juntar o talento com a garra", acrescentou o treinador luso, que deu ainda conta de uma expressão que conheceu recentemente, quando questionado sobre o eventual apoio ao Palmeiras da parte de adeptos de outros clubes mexicanos que não o Tigres.
"Há uma expressão no Brasil que eu não conhecia que é os 'secadores'. Há secadores por todo lado. No futebol, o mais difícil é fazer o fácil. Temos de lembrar-nos do que nos trouxe até aqui e saber o que fazer, gastar energia na nossa forma de jogar, defender, atacar. Em todo o lado há torcedores [adeptos] e secadores, faz parte do futebol, isso dá vida, dá alma, ver que de um lado nos apoiam e do outro que nos secam", rematou Abel, entre sorrisos.
A título de curiosidade, a palavra "secador", quando aplicada no futebol brasileiro, refere-se aos adeptos de uma equipa que torcem pelas derrotas e insucessos dos rivais.