Abel: a exceção à regra, algo que "gostava que mudassem" e a foto de olhos fechados
Treinador do Palmeiras em conferência de Imprensa após a conquista da Taça Libertadores.
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Costuma dizer que uma comemoração ou uma lamentação não deve demorar mais de 24 horas, como será desta vez? Esta conquista é diferente? "Primeiro tenho de agradecer ao Brasil, agradecer de forma muito especial ao Palmeiras e família do Palmeiras. Para toda a regra há uma exceção, vou permitir quebrar essa regra das 24 horas, mas ainda há muita coisa este ano para trilhar. Subimos a montanha, estamos a saborear a paisagem. É bom sentir esta emoção, mas [há que] perceber que logo depois há mais coisas para conquistar, não dá para estar lá em cima a distrair-nos a apreciar a paisagem que é fantástica."
Fotografia com os olhos fechados, antes no dia anterior à final: "Quando comecei a ler [as notícias, na sexta-feira], quando me apanharam numa foto muito bonita, eu estava a ver a luz do sol, estava muito bonita, a brilhar. Fechei os olhos e só me imaginei a receber a Taça. Não pensei noutra coisa. É uma emoção muito grande e só o facto de ouvir "a glória eterna" é inacreditável. Disse aos jogadores, podem acreditar, "ou ficaremos na história ou seremos eternos". Hoje gravámos e conseguimos a glória eterna, porque é algo muito poderoso, e aconteça o que acontecer no futuro vão ter de levar comigo de qualquer jeito."
Aspeto que gostava que os brasileiros mudasse: "Gostava que mudassem um bocadinho. Quando cheguei, queriam mandar o Abel Braga, mas se tudo correr bem vai ganhar o campeonato. Vocês devem valorizar mais o que é vosso, os portugueses também são um bocadinho assim. Só se valoriza quando vai embora. Têm de ter um bocadinho mais de paciência, para todo o trabalho é preciso tempo."