A SAD viu no marroquino o substituto ideal para o francês, por experiência, solidez defensiva e aptidão para o figurino tático de Amorim. O acordo está próximo, por quatro anos.
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Há mais de um mês que a SAD do Sporting procurava um sucessor à altura de Mathieu, ainda antes do infortúnio deste que precipitou o fim da carreira.
Os responsáveis leoninos analisaram o mercado para reforçar o plantel às ordens de Rúben Amorim com um central canhoto que pudesse impor-se de imediato no onze, com experiência e sólido em posse de bola e na transição.
Zouhair Feddal foi isolado há semanas como o alvo prioritário e as negociações, entretanto, avançaram de forma significativa: o acordo a três com o clube dono do passe, o Bétis, e com o próprio atleta, está cada vez mais próximo, à razão de três milhões de euros e quatro anos de contrato. O JOGO compara nestas páginas Mathieu ao seu iminente sucessor, e a categoria dos passes longos e dos duelos é onde o leão mais sai a ganhar.
As estatísticas tidas em consideração correspondem aos 25 jogos oficiais de Mathieu esta época pelo Sporting e aos 16 de Feddal pelo Bétis. O marroquino, que aos 30 anos já ganhou tarimba nas ligas espanholas e italiana, chega ainda com ambição de nunca ter atuado numa equipa que lhe tenha possibilitado disputar títulos. O que tem de sobra é a experiência que Amorim já considerou ser imprescindível para os reforços cirúrgicos para 2020/21, que possibilitem equilibrar o grupo, recheado de jovens talentos, e que os ajudem a crescer (neste caso será importante para a evolução desportiva de Gonçalo Inácio, central canhoto que será a sua alternativa no onze). Ao longo das suas experiências em La Liga e na Série A, Feddal ganhou rotinas a jogar no eixo numa linha de três centrais, quer ao meio quer à esquerda, outro aspeto decisivo para a escolha leonina recair nos seus préstimos.
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Nos dados analisados por O JOGO e aqui indicados em quadro anexo, Feddal bate Mathieu em aspetos fundamentais no estilo de jogo e funcionamento tático implementados por Rúben Amorim: passes longos (que permitem saídas rápidas), recuperações no meio-campo adversário (que implica pressão alta e rápida após a perda da posse) e duelos defensivos e aéreos (representa eficácia no um a um e força e domínio pelo ar, com impacto também nas bolas paradas ofensivas).
Feddal recorre pouco ao "chutão" para a frente, à semelhança de Mathieu, ficando ao nível do francês em inúmeros outros itens estatísticos.