O central do Lourosa marcou o golo que derrotou o Pevidém nos descontos e ainda mantém viva a hipótese da subida.
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Quando faltam apenas duas jornadas para apurar quem segue rumo à fase de subida à Liga SABSEG, Welinton Matos foi decisivo para manter o Lourosa nesta luta intensa, que envolve sete equipas na disputa pelos quatro primeiros lugares. O central do emblema de Santa Maria da Feira marcou nos descontos o golo que deu a vitória na receção ao Pevidém (1-0) e agora só pensa em concretizar o objetivo traçado no início da época.
O Lourosa só nos descontos conseguiu vencer o Pevidém. Como foi aquele momento em que o estádio quase foi abaixo?
-Foi um momento de muita felicidade marcar quase a acabar o jogo, ainda por cima em casa... Corremos todos com o mesmo propósito, os adeptos também mereciam, e estarmos ali todos envolvidos foi uma sensação única; não dá para explicar.
Era um jogo contra o último, e caso não vencessem as esperanças caíam por terra. Sentiram muito essa pressão?
-A classificação não quer dizer nada em relação às equipas. A Liga 3 é muito disputada, as equipas são muito parecidas, todas bem organizadas, e ainda no domingo ficou demonstrado isso, que é bom para o campeonato e para o espetáculo... Mas sem dúvida que um resultado negativo deixaria a nossa situação mais delicada.
O que se pode esperar do Lourosa nas finais com Braga B e Oliveirense?
-Do Lourosa todos sabemos o que queremos. É correr o máximo, dar tudo e procurar ganhar o jogo. Vão ser duas finais e vamos empenhar-nos. Primeiro contra o Braga, que é uma equipa que joga bem, com meninos que correm muito [risos]; são jogadores novos que querem mostrar trabalho. Estão a fazer um bom campeonato e acho que vai ser um bom jogo, daqueles que gostamos de jogar.
Este é o seu primeiro ano no clube e só falhou um jogo por castigo. Foi fácil afirmar-se?
-Tem sido bom, tenho aprendido muito, os adeptos vão a todo o lado e são exigentes, o que obriga a dar sempre o máximo. Espero que este final de campeonato seja ainda melhor! Trabalho bem, tenho a felicidade de não ter grandes lesões e isso também influencia muito. Costumo fazer sempre épocas regulares, mas nesta, por ser televisionada, a qualidade tem sido mais visível, e isso pode ajudar-me na ambição de chegar aos campeonatos profissionais.
O que o levou a aceitar este desafio?
-O objetivo sempre foi subir de divisão, o que me agradou. Já conhecia um pouco do Lourosa e, quando cheguei, fiquei mais admirado com a estrutura, com tudo o que envolvia o clube, que é organizado e cumpridor. O facto de o treinador ser o Filipe Moreira, com quem tinha trabalhado no Torreense, também pesou, e foi uma decisão acertada.
O que aconteceu para o Filipe Moreira não ter tido sucesso, deveu-se à tática?
-Em todas as equipas há altos e baixos. O futebol é assim; o míster sabe disso e o grupo também. Hoje não dá aqui e amanhã dá noutro lado. Quem joga são os movimentos, a dinâmica da equipa, a tática [3x5x2] é só no papel, porque dentro de campo muda muita coisa.
E como vê o trabalho do Hélder Pereira?
-Do pouco que conheço, vejo que é bom treinador e tem demonstrado isso. Em quatro jogos, ainda não perdemos e ele acredita muito no potencial da equipa. Jogamos em 4x3x3, estamos a crescer, a atravessar um bom momento e no final esperamos festejar todos.