Uma estreia para a vitória e o telefonema de Matheus Reis: "Sabe o quanto trabalho"
No primeiro jogo pela equipa amorense, Paulo Marcelo marcou o golo do triunfo sobre o Real (2-1).
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Foi chegar, treinar, jogar e marcar. Basicamente, este foi o trajeto de Paulo Marcelo desde que assinou pelo Amora, clube pelo qual não podia ter desejado melhor estreia. Dois dias depois de ter sido apresentado, o avançado brasileiro, de 26 anos, entrou após o intervalo e marcou o golo da vitória no terreno do Real (2-1). "Foi uma sensação incrível e um dia inesquecível", descreveu, a O JOGO, o dianteiro, que parecia antever este desfecho. "Nos treinos, tinha feito alguns golos, por isso, estava confiante que, durante o jogo, ia surgir uma boa oportunidade. Felizmente, aconteceu."
Depois da estreia auspiciosa, Paulo Marcelo, que foi contratado ao Utsiktens (II Divisão da Suécia), recebeu vários telefonemas de colegas profissão a felicitá-lo , entre eles um dos seus melhores amigos: o sportinguista Matheus Reis. "Disse que estava muito feliz, porque sabe o quanto trabalho, e que ia ser o primeiro de muito golos. No dia seguinte, ele marcou pelo Sporting e foi a minha vez de retribuir", contou o avançado, que tem uma relação próxima com o defesa leonino: "Jogámos sete anos na formação do São Paulo e chegámos a morar na mesma casa. Foi um irmão que o futebol de me deu."
Além de Matheus Reis, o dianteiro pediu conselhos a outros amigos que já atuavam no futebol português, como Tormena (Braga) Lucas Áfrico (Estoril), Walterson (Moreirense) e Hugo Gomes (Rio Ave), antes de assinar pelo Amora, atual quinto classificado da série B da Liga 3. "Há algum tempo que tinha interesse em vir para Portugal e estava a precisar de uma mudança de ares. Todos me disseram muito bem e esse país sempre foi uma montra para jogadores brasileiros", realçou, confiante em relação ao futuro na equipa amorense: "O objetivo é ganhar os jogos que faltam para chegarmos aos quatro primeiros."
Clima ameno depois do frio
Paulo Marcelo esteve cinco anos no futebol sueco, onde representou o Varnamo, GAIS e Utsiktens. A experiência foi positiva, mas houve aspetos que não deixaram saudades. "Cheguei a jogar um jogo oficial com 17 graus negativos, com muita neve, e passei por algumas situações muito difíceis por causa do frio. A média no inverno era entre menos cinco e menos dez, não há como adaptar a isso. Os pés ficavam congelados, a unha caía e a bola parecia uma pedra", partilha o avançado do Amora, que, tirando as temperaturas gélidas, até gostou de viver na Suécia: "O nível do futebol é muito bom, muito técnico e físico. A experiência fez-me crescer."
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