Grupo chinês baixou valores para 30 milhões e o contrato foi revogado. A descida à II Liga levou Zhang Jindong a rever os números, pelo que os responsáveis algarvios preferem continuar a apostar em mais infraestruturas e no reforço da equipa.
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A SAD do Portimonense já não vai mudar de mãos, pelo menos nos tempos mais próximos, revelou a O JOGO fonte ligada ao processo. Trata-se, assim, de um volte-face em relação ao que estava previsto e fora anunciado em julho, quando o grupo chinês Suning Holdings Group, encabeçado por Zhang Jindong, ofereceu 80 milhões de euros, o que na altura terá sido aceite pela administração e pelo acionista principal, Theodoro Fonseca.
Agora, porém, face a um recuo dos chineses, que baixaram os valores do negócio para 30 milhões, tanto os administradores da SAD como Theodoro Fonseca decidiram revogar o contrato. O facto de os algarvios terem descido à II Liga levou Jindong a rever os números, pelo que a SAD preferiu continuar a investir em infraestruturas e no reforço da equipa, visando o regresso ao escalão principal. “Não estamos abertos a negociar qualquer venda nesta época e na próxima”, confirmaram os responsáveis do Portimonense, revelando, entretanto, que têm protocolos já estabelecidos com “grandes equipas mundiais” para virem estagiar nas suas instalações, nomeadamente com duas em janeiro e três em junho/julho. A revogação do acordo levou o presidente Rodiney Sampaio e o vice-presidente Edgar Vilaça a deslocarem-se à China, para um encontro que decorreu de forma cordial e que teve depois correspondência na visita de Jindong a Portimão.
As infraestruturas do Portimonense são apetecíveis, do Portimão Estádio ao Centro de Treinos, onde a equipa principal dispõe de condições ímpares, incluindo um edifício que funciona como hotel, sem esquecer as instalações na zona do Autódromo do Algarve, quartel-general dos sub-23.
A SAD, de resto, também já investiu cerca de 700 mil euros em dois campos no Major David Neto, a casa do Portimonense Sporting Clube, sobretudo dos escalões de formação, para além de pagar três por cento dos direitos televisivos (450 mil euros no presente, mas na I Liga a quantia era naturalmente superior) ao clube. “Nos últimos sete anos, os 222 mil euros por época entregues pelo Fundo de Solidariedade da UEFA para a formação, verba que vai ser aumentada para 385 mil euros em 2024/25, foram dados na totalidade ao clube”, adiantam os administradores.