Vítor Bruno, adjunto de Conceição, e o maior elogio que se pode fazer ao FC Porto
Declarações do adjunto de Sérgio Conceição no FC Porto em entrevista ao podcast "Em Jogo", de Luís Viegas.
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A marca de Sérgio Conceição: "O maior elogio que podemos fazer à nossa equipa é olhar para ela e associá-la a um rosto. Um rosto que todos nós conhecemos e sabemos quem é, que é o seu treinador, o Sérgio Conceição. Olhar para o nosso treinador, perceber as suas origens, o seu percurso de vida, muitas vezes assente em valores como a verdade, a honestidade, a capacidade de superação, de luta para ultrapassar barreiras inimagináveis para ele, fez com que ele pudesse espelhar na sua equipa aquilo que é e que foi. Esta vontade louca de ganhar e de vencer tem muito a ver com aquilo que ele é e foi habituado a ser ao longo do tempo. Esta vontade de ganhar está sempre muito metida nas nossas equipas e naquilo que é o Sérgio enquanto pessoa, encontra muitas semelhanças com aquilo que acontece no campeonato alemão. O campeonato alemão é para nós uma liga de referência, que seguimos com atenção e que nos seduz, porque as raízes mais fortes estão associadas a contextos de equipa."
Muller e Bundesliga: "Há pouco tempo assistimos a uma entrevista do Muller que retratava um bocadinho essa imagem de que o jogador alemão, muitas vezes, não é visto como alguém dotado de uma imensidão de atributos e recursos técnicos e por isso não é muitas vezes premiado com aqueles grandes prémios individuais. Eles preferem dedicar-se a uma equipa e isso é muito cultural, passado aos jogadores alemães desde tenra idade. É por isso que nos identificamos com o campeonato alemão."
Duelos com equipas germânicas: "As equipas alemãs que defrontámos foram equipas que nos causaram uma imensidão de problemas. Revemo-nos muito naquilo que elas fazem, sobretudo no momento sem bola. Fazem uma pressão que limita ao máximo os seus adversários. Tenho imagem de jogadores nossos, recheados de qualidade e com outra capacidade para resolver problemas, com muitas dificuldades nesses jogos. Tinham a capacidade para encontrar a solução para um problema e, depois, quando pensavam que os problemas tinham acabado aí, tinha apenas começado o problema seguinte. Os princípios que vemos no campeonato alemão têm premissas do que vai ser o futebol no futuro, na minha perspetiva."