Villas-Boas: "É normal verem em Portugal jogadores de 16 anos em campo. Não temos medo de arriscar"
O presidente do FC Porto está nos Estados Unidos com a equipa para o Mundial de Clubes e aproveitou para apontar as diferenças entre o futebol nacional e estrangeiro
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Depois de elogiar o talento de Rodrigo Mora no podcast "Men in Blazers" (Homens de Blazer, em tradução livre), André Villas-Boas, presidente do FC Porto, destacou a competitividade dos clubes portugueses que atuam na I Liga que, sublinhou, não têm medo de colocar jogadores dos escalões da formação ao serviço do plantel principal.
"É normal verem em Portugal um jogador de 16 anos em campo. Não temos medo de arriscar. Os nossos jovens sonham jogar na equipa principal do FC Porto porque sabem que é concretizável. É algo que também acontece no Sporting e Benfica", afirmou, acrescentando que, com 12 anos, já é possível analisar o nível de talento.
"Com essa idade, já assinam contratos para o futuro. São muito novos, mas apostamos neles, porque conseguimos perceber que vão fazer diferença. Se olharmos para o Rodrigo Mora, no caso do FC Porto, ou do Lamine Yamal no Barcelona e compararmos com o Messi quando tinha a mesma idade, notam-se semelhanças", detalhou.
Questionado sobre os problemas do futebol norte-americano, o líder portista confessou não estar por dentro da competição, mas acredita que a dimensão do país é um entrave quando se trata de colocar frente a frente grandes equipas. "Em Portugal, conseguimos jogar com grandes clubes como Benfica, Sporting ou Vitória de Guimarães e isso faz com que a competição cresça e os próprios jogadores se superem. Estados Unidos e China, por exemplo, são países maiores. São bons em muitos desportos, mas não necessariamente no futebol", concluiu.