João Palhinha, jogador emprestado pelo Sporting ao Braga, foi ouvido esta segunda-feira na 13.ª sessão do julgamento do ataque à Academia.
Corpo do artigo
Decorre esta segunda-feira a 13.ª sessão do julgamento do ataque à Academia do Sporting. João Palhinha, jogador cedido pelos leões ao Braga, depôs por videoconferência, recordando os momentos que viveu no dia 15 de maio de 2018.
"Estava no balneário a preparar-me para o treino. Ouvimos barulho, confusão e espreitámos pela janela. Vimos gente mascarada. Vi mandarem tochas. Foi rápido e intenso. Conversa? Não. Estavam muito chateados e desataram aos socos e pontapés. Tinham alvos definidos, foram logo ter com William, Acuña e Battaglia", começou por descrever o médio.
"Ouvi que iriam voltar se não ganhássemos o próximo jogo. Identifiquei um na polícia. De dente de ouro, que deu uma chapada ao Montero. Eram mais do que nós, jogadores. Eram uns 40 ou 50 indivíduos. O Fredy acho que não era um alvo, levou por tabela. Pela forma como entraram, quem apanhassem à frente levava. Não vi nenhum a tentar evitar o que se estava a passar. Vi Jesus nervoso e a sangrar do nariz", recordou.
"Pareceu-me propositada a tocha acesa contra a barriga de Mário Monteiro que estava no corredor. Foram saindo aos poucos. Acho que o mister Jesus tinha identificado alguém. Ainda no edifício vi-o a limpar o sangue do nariz. Fui atrás dele e do William para fora", acrescentou.
11618654