Prestígio internacional do projeto desportivo e da sua sustentabilidade em foco. Clube português é sétimo num ranking internacional que faz o balanço de operações com transferências de atletas nas últimas seis épocas, gerando o valor de benefício após dedução de impostos.
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Na rota da prosperidade, alavancando ambições desportivas em nome de contas gordas e saudáveis, que não contemplam desvio mínimo de um plano há muito traçado, na longa estrada percorrida por António Salvador, o Braga vai merecendo elogios, vendo a sua robustez financeira enaltecida em rankings internacionais. Nem de propósito: os 32 milhões amealhados com Roger, prodígio feito em casa, sendo o sucesso da operação o êxito de uma história de vida, atestam um caminho sólido e revelador, sem pontos de fuga e intenções inabaláveis de maior impacto na cena internacional.
Ainda recentemente, saiu sublimado o prestígio dos minhotos como bons vendedores, necessariamente conscientes de uma gestão cuidada ao nível dos proveitos e devidos equilíbrios. Algo que se extrai de um estudo que situa o clube português num top-10 europeu, que balança os exercícios das últimas seis épocas, entre plano de vendas e compras, apresentado pela Football Benchmark. O Braga surge num restrito lote de emblemas, posicionando-se no sétimo lugar com um lucro médio, entre 2018 e 2024, de 11,2 milhões por época, saldo contabilizado após dedução de impostos. Acima dos minhotos no contexto europeu, apenas Bayern Munique, Atalanta, Salzburgo, Manchester City, Real Madrid e Ajax, com variação mínima para o gigante de Amesterdão (11,5) e também ligeira para os merengues (13,3), mas já mais evidente para os bávaros (26).
Pegando nesta consistência em seis anos, imprimida por vendas extraordinárias, como foram as de Vitinha e Trincão, dos 30 milhões para cima, de David Carmo, Paulinho, Álvaro Djaló e Rodrigo Gomes, entre os 15 e os 20 milhões, o Braga de 2025/26 já reforçou a sua presença nesta tabela para estudos futuros, conseguindo, com a operação de Roger, atingir benefícios de 13,3 milhões neste mercado, fruto de créditos de 41,9 M€ contra gastos de 28,57 M€. A valorização de ativos está patente, sem perda, em algum momento, de competitividade desportiva, conseguindo passar de exemplo de gestão nacional para o âmbito internacional. Socorrendo-nos das oito maiores vendas do clube, descobrem-se seis jogadores formados dentro de portas e já na Cidade Desportiva.