Criativo feliz na seleção e com permanência indiscutível, mesmo com mercados russo e turco abertos. Saída de Roger, por verba avultada, recorde no clube, fecha planos de qualquer outra saída nesta altura. Pretendentes vão ter de esperar. O Fenerbahçe era apontado, mas sem efeito real de ofertas.
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Superada a marca de Vitinha com a venda de Roger ao Al Ittihad, amealhando 32 milhões com acerto expectável de mais 2,5 milhões em função de objetivos não divulgados, o Braga não facilitará qualquer outra saída ao longo dos próximos dias, não obstante haver ainda mercados abertos, como o turco, o saudita e o russo. O grande arranque de temporada de Zalazar, cinco golos em oito jogos, e utilizado por Marcelo Bielsa na goleada de 3-0 aplicada pelo Uruguai ao Peru, que selou o apuramento da seleção charrua para o Mundial de 2026, podia gerar apetites.
O médio, de 26 anos, tem ganho estatuto desde que chegou a Braga, era já um elemento bem cotado no Schalke 04, e nas bancadas é visto como o grande maestro e o elo forte dos guerreiros, somado a Ricardo Horta. Zalazar tem lidado também com a cobiça: a época passada chegou a ter um pé na Rússia, no Zenit, mantendo vários interessados no país, o mesmo acontecendo, agora, com o gigante turco Fenerbahçe. Apesar das muitas notícias difundidas a partir de Istambul, o Braga não recebeu qualquer oferta, mas, sabe O JOGO, não há margem para negociar o uruguaio nesta altura, sendo fundamental no projeto desportivo de Salvador e Carlos Vicens. E, por sua vez, não se vislumbra qualquer pretendente capaz de impor a sua vontade e chegar ao valor dos 50 milhões da cláusula. No plano desportivo, face à saída de Roger, a que soma a lesão atual de Ricardo Horta, o sul-americano é, seguramente, o jogador mais valioso a entrar em campo pelos minhotos, que assumem pretensões altas na liga e na Europa.
Rodrigo Zalazar encontra-se a cumprir a terceira época na Pedreira, atingiu os 87 jogos e contabiliza 21 golos. Não teve a temporada mais expressiva de encontros em 24/25, um total de 30, vendo o bom início traído por problemas físicos que se abateram no início do ano. Aposta agora forte em superar todas as marcas, e o apetite do uruguaio já ficou patente em cinco remates certeiros, que o deixam a três golos de igualar os registos das duas campanhas já feitas no Minho. Curiosamente, carrega, nesta altura, a mesma influência vista nos seus primeiros oito compromissos oficiais de 24/25, onde também marcara por cinco vezes.
Ainda com a possibilidade de ganhar maior expressão nas contas de Bielsa no jogo no Chile, Zalazar está com a motivação ao rubro por ter abraçado a terceira internacionalização e namorar uma presença no Mundial. Chegará confiante a Braga, alheado dos suspiros do mercado, para um ciclo determinante de jogos, contra Gil Vicente, Vitória e Feyenoord, nos quais atrai a condição de eminência criativa da equipa.