Dos 35 golos marcados pela equipa na I Liga, 80 por cento tiveram assinatura de Mujica, Cristo, Jason e Montero, que brilharam, em níveis diferentes, na vitória histórica sobre o FC Porto
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Nunca fez tanto sentido falar em matadores no campeonato português. O Arouca valida esse termo profusamente utilizado na gíria futebolística dos melhores finalizadores. O quarteto espanhol composto por Mujica, Cristo, Jason e Montero assinou, em conjunto, 80 por cento dos golos da equipa esta época. Um registo circunscrito à I Liga, na ressaca da vitória histórica sobre o FC Porto, a primeira no Estádio Municipal. Mujica, Jason e Cristo sentenciaram o resultado (3-2).
Em Arouca ninguém se atreve a dizer de que de “Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos”. É um cliché de tempos de rivalidade histórica fronteiriça que não se aplica neste caso. Além de união, conforme frisou Francisco Matos, adjunto de Daniel Sousa, no final do resultado triunfal, há também festa brava neste plantel, com Rafa Mujica na frente do cortejo. O ponta-de-lança espanhol é o artilheiro principal e o melhor do clube na I Liga (21 golos), mas tem bom acompanhamento de Cristo e de Jason. O central Montero entra nesta lista castelhana, mas só faturou uma vez. Ao todo, o quarteto espanhol assinou 28 dos 35 golos marcados pela equipa na corrente temporada.
Rafa Mujica é música para os ouvidos dos arouquenses, que não esqueceram, certamente, Joeano, que continua a ser o rei dos goleadores, com 47, apontados nos escalões secundários, porque não seguiu com o Arouca para o grande palco do futebol nacional. Mujica, com 30 no total das provas, está a dois de igualar o português Roberto (32), goleador que se segue a Joeano.
Entre históricos matadores no Arouca figuram ainda André Silva, que se transferiu para o V. Guimarães, ou o extremo, Bukia, que deixou o clube no mercado de inverno para rumar à Tunísia. O atacante congolês fez 175 jogos e marcou por 24 vezes e será ultrapassado, em breve, por David Simão em relação à frequência de utilização. Adílio Santos, outro extremo, também tem lugar entre goleadores, com os mesmos golos de Bukia, mas com menos presenças na equipa. O central João Basso (19) destoa neste lote de quem joga no ataque.