O 28 continua a ser o melhor marcador da equipa, mas leva seis jogos em branco e 21 disparos seguidos sem golo.
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A influência de Pedro Gonçalves na equipa do Sporting é inquestionável e a confiança da equipa técnica nas suas capacidades não é colocada em causa, mas o camisola 28 do Sporting enfrenta o seu pior momento, com uma quebra de eficácia assinalável.
Com seis jogos seguidos sem marcar golo, desde o seu último festejo já lá vão 21 disparos sem o desfecho desejado e que era mais habitual...
O apagão de Pote começou logo a seguir a um bis. Contra o Dortmund, Pedro Gonçalves foi decisivo com dois golos, mas depois falhou inclusivamente uma grande penalidade. Seguiram-se os tais seis jogos e tudo somado, já lá vão 456" em campo sem um golo. Neste período, rematou 21 vezes sem acertar no alvo, o que faz com que seja o pior ciclo pelos leões. Antes, já tinha vivido uma fase com mais minutos até de seca, 592", mas com menos remates efetuados, 18. Este aumento de finalização em período de tempo mais curto é bem entendido tomando como exemplo a última partida, pois foi contra o Gil Vicente que Pote bateu o recorde de remates num só jogo como profissional: sete. Um deles, recorde-se, foi de grande penalidade, e mais uma vez nem assim conseguiu quebrar o enguiço.
O 28 do Sporting continua a ser o melhor marcador da equipa, tal como sucedeu em 2020/21, época na qual se sagrou, com 23 golos, o artilheiro-mor da Liga, com claro impacto decisivo na conquista do título nacional. Esta época leva 11 golos em 20 partidas realizadas, mas a eficácia de remate desceu. Na última época, num total de 83 remates efetuados, somou 23 golos, o que dá um golo a cada 3,6 remates e uma eficácia de remate de 27,7%. Já esta época a quebra é evidente e a confiança que o leva a rematar mais também: em 62 remates soma 11 golos, o que dá um golo a cada 5,6 remates e uma eficácia de remate de 17,7%.
A quebra acentuou-se após a lesão que o afastou durante mês e meio, uma inflamação no pé esquerdo, numa altura em que tinha sido chamado por Fernando Santos para representar Portugal. Antes da lesão Pote ia em quatro golos em cinco jogos (0,8 por jogo), e desde então caiu para metade: 0,4 golos por jogo, com sete em 15 partidas.