Crivellaro estreou-se a titular na receção ao Boavista e foi peça fundamental para a vitória, contribuindo com um golo e vários passes de luxo.
Corpo do artigo
Na primeira vez que Nuno Manta ofereceu a titularidade a Rafael Crivellaro, o médio respondeu com uma exibição de luxo contra o Boavista, conduzindo a equipa a um triunfo gordo (3-0), que foi selado com o seu pé esquerdo nos descontos. Antes, o número 50 fora responsável pelas primeiras ameaças à baliza de Vagner, quer através de remates quer de passes açucarados, fazendo com que a equipa fosse serenando e crescendo na partida, pondo fim à intranquilidade que uma série de cinco derrotas consecutivas acarreta.
Artur, que atualmente representa o Beira-Mar e conviveu com Crivellaro no Arouca, em 2016/17, considera que o brasileiro de 29 anos se trata de um excelente reforço para o Feirense. "Tecnicamente é um jogador dotado, que lê muito bem os espaços, tem boa qualidade de passe, curto e longo, sabe ter a bola e tem o acréscimo de ter golo e aparecer bem em zonas de finalização. Por isso não me surpreendeu que tenha marcado", contou o médio, que no decurso desta época soma quatro golos em 20 jogos.
Contratado no último dia do mercado de inverno, Crivellaro ainda só participou em três jogos, pois precisou de readquirir ritmo competitivo, perdido na curta passagem pelo Sepahan (Irão), embora contra Portimonense e Belenenses, quando foi suplente utilizado, já tenha dado mostras de que seria uma mais-valia. "Está completamente adaptado ao futebol português, esteve alguns anos no Vitória, que é um clube com uma exigência enorme a nível de massa associativa, e deu mostras de qualidade", avaliou Artur, que comentou o que poderá ter levado o brasileiro a sair do Irão: "Em Portugal, a adaptação é mais fácil por ser a mesma língua e o futebol idêntico. Para esses países do Terceiro Mundo, é mais difícil porque as pessoas não são tão abertas para nos receber e o futebol nem sempre é pensado da mesma maneira, com outros métodos, culturas, e isso cria algumas barreiras."