Por Portugal, o ex-criativo matou um borrego em Estugarda, mas como leão viu crescer a ausência de vitórias em solo germânico. Agora, é ir ao choque em Leverkusen
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litos tem um sonho, ou antes, quer que o deixem sonhar com o fim da maldição leonina em solo alemão, no caso em Leverkusen. A frase lapidar do antigo selecionador nacional José Torres ficou-lhe, ou não fosse o antigo internacional português, que se notabilizou de leão ao peito entre os anos 1980 e 1990, um dos "mini-heróis" de Estugarda. Carlos Manuel foi de todos o maior nessa noite ao colocar o esquadrão do saudoso Bom Gigante no Mundial do México de 1986 num pontapé fulminante, impondo a primeira derrota oficial da então República Federal Alemã frente a não-germânicos - só haviam perdido onze anos antes para a extinta vizinha República Democrática Alemã. Porém, o antigo criativo leonino não conseguiu desfazer a malapata que persiste enquanto atleta. Tentou contra o Colónia (1985/86) e, claro, falhou. Agora, na pele de adepto, o técnico do Oriental acredita, fia-se na evolução lusa, mas está atento a armadilhas.. que apitam.
"As coisas mudaram, mas é difícil de explicar esta dificuldade no confronto frente a equipas alemãs, que não se manifesta só no Sporting. Vejo o nosso futebol muito mais evoluído no plano físico, quando anteriormente havia uma tremenda diferença", recorda Litos, que vai mesmo buscar à sua juventude uma memória da referida noite de glória da "equipa de todos nós" no Neckarstadion: "Quando aqueci [foi a jogo aos 76"]... Olhei para aqueles "bichos" com os meus 19 aninhos. Um gémeo do Briegel era maior que a minha coxa. A diferença física era assim. Agora, os alemães, as suas equipas em clubes e seleções, já não são o dobro de nós, mas mantêm-se mais competitivos. Viu-se em Alvalade."
Esperançado (ler caixa em anexo), Litos tem um receio: "Vou agarrar-me à televisão e acreditar, mas estou receoso. Veja-se o que sucedeu na época passada com o Schalke 04 e ao Wolfsburgo. Não fosse o mau trabalho que normalmente se presta às equipas portuguesas nas provas europeias e não estávamos a falar disto. Que não se repita."
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