Matheus Reis, Nuno Santos e Esgaio começaram a época como alternativas, mas ganharam palco e estão no onze mais utilizado.
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No início da época parecia clara a equipa-tipo do Sporting para 2021/22. Feddal foi indiscutível no eixo defensivo em 2020/21, Porro determinante na ala direita. Depois, Rúben Vinagre chegou para ocupar a vaga de Nuno Mendes na ala esquerda e Sarabia foi o reforço de peso para o ataque.
Em agosto, poucos acreditariam que Matheus Reis, que poderia ser central e lateral, ganhasse qualquer uma das posições; que Nuno Santos superasse a perda de lugar no trio da frente para se assumir como ala esquerdo, até em jogos contra equipas ofensivas; ou sequer que Ricardo Esgaio batesse o rival espanhol na direita. O trio de jóqueres passou a estar no naipe de ases de Rúben Amorim e fazem parte do lote de 11 com mais minutos, justamente por primarem pela polivalência que o treinador tanto aprecia.
Matheus Reis é a revelação do Sporting e uma das maiores do campeonato. Tinha 538 minutos em 15 jogos em 2020/21, mudando totalmente de estatuto. Hoje tem 2949 minutos, é o sexto do plantel neste capítulo e o quarto com mais jogos somados (39). Agarrou primeiro o lugar na esquerda quando Rúben Vinagre caiu do onze e arrebatou depois o posto que era de Feddal no eixo defensivo. Ontem, recebeu o prémio de melhor defesa de fevereiro da Liga Bwin. "Estou muito feliz. Espero que este prémio seja o primeiro de muitos. Espero continuar a ajudar a equipa a ter um bom desempenho, continuando a ser a defesa menos batida da Liga", expressou o canhoto de 27 anos.
Nuno Santos era um extremo titular em 2020/21 (oito golos e dez assistências), mas reagiu à chegada de Sarabia, esforçando-se por entender uma nova posição, como ala. Vai com 2344 minutos e, já ante o Paços de Ferreira, deverá bater o registo do ano passado (2385"). Juntamente com Matheus Nunes, lidera o ranking dos que têm mais jogos nos leões (43). Foi o jogador dos três grandes que mais tarde falhou um jogo. Só o castigo do Conselho de Disciplina, em janeiro, o travou e os números ofensivos continuam do seu lado: leva nove golos e seis assistências.
Ricardo Esgaio foi um pedido explícito de Rúben Amorim, mas tinha pela frente Porro, que em 2020/21 fizera 37 jogos e 2988" numa época onde fora crucial. A ala ou a defesa-central, o ex-Braga foi dando resposta e conta com 38 jogos, estando no 10.º posto nos minutos (2355), beneficiando dos múltiplos problemas físicos de Porro, que o afastam para já dos treinos. E em termos ofensivos, mesmo sendo menos desequilibrador do que o espanhol no drible e no remate, vinga no passe: Porro marcou quatro vezes e assistiu seis, Esgaio não festejou ainda, mas já deu a marcar oito golos: superou os registos das três últimas épocas e ainda pode sonhar com o melhor pecúlio da carreira quando, em 2017/18, assistiu 13 vezes no Braga.