"Treinar em grupos e campos separados? Vamos manter a rigidez de deixar os atletas em casa"
A hipótese de os jogadores voltarem a trabalhar mais cedo em grupos e campos separados esteve em cima da mesa dos clubes, mas imperou a solidariedade entre todos, como enaltece João Pedro Araújo, diretor clínico do Sporting
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Não pondera a possibilidade de treinar os jogadores por grupos em campos diferentes?
"Esse é um ponto fulcral e tema em cima da mesa nas reuniões dos clubes com a Liga, que tem sabido agregar os seus membros sem espaço a rivalidade. É uma questão que foi várias vezes colocada". Achamos que o futebol tinha uma palavra e uma responsabilidade social muito grande, quisemos estar sempre na vanguarda desse exemplo a dar, e por isso mesmo nunca quisemos abrandar as medidas tomadas: colocar os atletas e grande parte dos colaboradores em casa".
"Seria possível fazer isso em alguns clubes, mas não seria igual para todos com a mesma segurança, poderíamos estar a ser injustos. Então houve um acordo generalizado para enquanto não houver um abrandamento destas normas, vamos manter esta rigidez de deixar os atletas em casa. Há uma onda de solidariedade para todos trabalharmos de mesma forma. Tem muito a ver com o exemplo que queremos passar para a sociedade. É o grande tónico".
"Creio que o estado de emergência vai ser ampliado. Não sou epidemologista, nem infeciologista nem virologista. Tento-me atualizar e fazer analogia das curvas epidemiológicas que já conhecemos, e esperamos o pico para meados de abril ou um pouco mais à frente. Só depois desse pico, e depois de um período em que vai estabilizar e começar a diminuir, então deverá haver medidas de alívio e nesse sentido atuaremos e os atletas poderão ter outro tipo de abordagem ao treino já fora das suas residências".