Treinador do Olímpico do Montijo: "Com agressões piores, ninguém viu a polícia dar 10 tiros para o ar"
Treinadores de Olímpico do Montijo e Vitória de Setúbal B com visões diferentes da atuação policial
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Os treinadores de Olímpico do Montijo e Vitória de Setúbal B apresentaram hoje visões diferentes sobre a atuação da polícia, que efetuou disparos para o ar devido a desacatos no final do jogo.
Os incidentes verificaram-se no campo da Liberdade, no Montijo, cidade em que os dois clubes se defrontaram em partida da sexta jornada da 1.ª Divisão distrital da Associação de Futebol de Setúbal, que terminou com uma igualdade (0-0).
Vídeos que surgiram este domingo são audíveis e visíveis vários disparos para o ar efetuados pelos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) - informação que foi confirmada pela Direção Nacional que remete para esta segunda-feira mais detalhes sobre o sucedido em comunicado - para pôr cobro às agressões que se verificavam entre jogadores e alguns adeptos, que tinham invadindo o campo.
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Opinião diferente tem Marco Bicho, treinador do Olímpico do Montijo, que não poupa críticas à atuação das autoridades.
"Às vezes as equipas no final do jogo perdem um bocadinho o controlo emocional. Jogadores, treinadores e diretores juntaram-se um bocadinho e houve um conflito, umas agressões. Depois disso, a polícia perdeu o controlo", afirma.
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O técnico dos montijenses lamenta que uma situação como a que aconteceu tivesse tido as repercussões que teve.
"Coloco uma questão: em inúmeras situações em que os jogadores se pegam alguém já viu uma coisa destas em algum lado? Até com agressões piores que aquela, ninguém viu a polícia dar 10 tiros para o ar", referiu.
Marco Bicho, do Olímpico do Montijo, reconhece que o que aconteceu deveria ter sido resolvido de outra forma por todos os intervenientes, autoridades incluídas.
"As agressões que existiram é sempre uma situação criticável, mas se não tivesse havido a atuação desproporcional que houve da polícia não teria estas proporções", considerou.