Tomás Couto estreou-se pela equipa principal do Leixões: "Nem que fosse só um minuto..."
Médio, de 22 anos, chegou ao clube há duas épocas, proveniente do Boavista, e evidencia-se como joia emergente, levando Vítor Martins a lançá-lo na Liga SABSEG. Inteligência, qualidade de passe e técnica são atributos mostrados por Tomás Couto que convenceram o treinador da equipa principal. A estreia foi no Estádio do Mar, frente ao Penafiel.
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Em Matosinhos há um jovem que tem espantado tudo e todos. Também é caso para dizer que filho de peixe sabe nadar e mais para a frente o leitor irá perceber. A cumprir a segunda temporada no Leixões, Tomás Couto tem espalhado o seu perfume no Estádio do Mar e chamou a atenção de Vítor Martins, treinador da equipa principal, na qual é presença assídua. O médio, 22 anos, estreou-se ao serviço da primeira equipa frente ao Penafiel, em jogo a contar para a II Liga que terminou com um triunfo leixonense, por 2-1.
"Foi uma sensação incrível, realizei um sonho de menino. Todos os jovens jogadores desejam jogar ao mais alto nível e eu não sou exceção. Para ser sincero, não estava nervoso, mas sim muito ansioso. Só queria entrar em campo, nem que fosse só um minuto", conta a O JOGO.
Na Liga Revelação, Tomás disputou 19 jogos, faturou por três vezes e fez quatro assistências. O Leixões ocupa o sexto lugar da fase de apuramento para a Taça Revelação e o médio considera que, apesar de tudo, o importante é o crescimento do grupo.
"Penso que temos feito uma boa temporada. Estamos todos a evoluir e isso é o principal. Esta é uma prova que serve de palco para nós e é muito parecida com a II Liga", entende o jovem que atravessa um "bom momento". "Tem sido uma época acima do que eu esperava. No ano passado estive num bom nível e nesta época subi ao plantel principal, pelo qual já consegui estrear-me. Só quero ajudar o Leixões, seja em que escalão for. Esta camisola tem muito peso e significado, e é um orgulho defender as cores de um clube tão especial e histórico".
Fábio era "muito bom"
Tomás passou sete anos com o símbolo do FC Porto ao peito, clube no qual cresceu e se formou. Por lá fez várias amizades e algumas delas vão dando cartas. "O Fábio Silva foi um jogador que me marcou. Ele era muito bom e era mais novo que nós. O Folha é o meu melhor amigo e estivemos sempre juntos no futebol", recorda.
Apelido herdado de craque
O peso de um apelido, pelo menos no futebol, é tramado: pesa mais que chumbo. Tomás Couto é filho do antigo futebolista do Boavista e do FC Porto, e agora treinador-adjunto dos axadrezados, Jorge Couto, contudo, este é um caso para dizer que quem sai aos seus, não degenera. "O meu pai influenciou a minha paixão pelo futebol. Em casa sempre ouvi falar muito de futebol. Porém, ele nunca me obrigou a nada. Sempre me deixou seguir o meu caminho e fazer o meu percurso naturalmente. É um dos meus grandes apoios e referências. Quando pode vê sempre os meus jogos e até me liga a dar conselhos. Por vezes, dou com ele na sala a ver jogos meus e a apontar coisas para me dizer. É ele que me dá forças e motivação para querer ser sempre melhor", diz o médio sobre o progenitor.
No futuro, Tomás deseja ganhar o seu espaço no Leixões e chegar à I Liga. "Já me estreei na II Liga, ou seja, cumpri um dos meus sonhos. Agora, é trabalhar para ajudar o Leixões e consolidar-me cá. Mais para frente quero chegar à Liga Bwin e, quem sabe, às melhores ligas do mundo, tal como a Premier League", assume o promissor médio.