Abel, treinador do Braga, comentou o triunfo em Vila do Conde, frente ao Rio Ave, por 2-1.
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Dificuldades de implementar cultura permanente e condições difíceis: "Sabemos o quanto custa a implementação de uma cultura e mentalidade permanente. Requer tempo, requer ganhar, perder e estes jogadores, esta equipa técnica, são os mesmos de há 15 dias. O desporto é isto. É perceber e ter o equilíbrio mental necessário para saber que o futebol é um jogo de emoções e nós, como somos profissionais, temos de o viver com seriedade e profissionalismo, com respeito pela profissão e o espetáculo. Foi isso que tentamos fazer aqui, em condições muito, muito difíceis. O vento é prejudicial para aquilo que é o espetáculo".
Ambição de triunfar frente ao Rio Ave: "Tínhamos a intenção clara de vencer este jogo. É verdade que na primeira parte estivemos por cima de jogo, também é verdade que o vento empurrava o nosso adversário para trás. Tivemos as primeiras oportunidades e não fizemos e sabíamos que na segunda parte, só colocando a bola no chão e fazendo circular, com cruzamentos ou combinações de bola curtas, porque com bola no ar ia ser difícil. Com um jogador a menos no Rio Ave fizemos alterações. Temos que estar preparados, versáteis e a capazes de dar respostas que a equipa está a pedir. Quem entrou foi com vontade de ajudar. Este grupo sabe que a nossa força reside no coletivo, nas nossas dinâmicas coletivas, quer ofensivas quer defensivas, e eu costumo dizer que alimentamos o nosso corpo através do treino e a nossa cabeça através dos pensamentos. E este grupo de trabalho acreditou do primeiro ao último minuto que ia vencer este jogo".
Fransérgio com Dyego Sousa oferece à equipa dinâmicas diferentes de Paulinho e Dyego Sousa: "As posições estavam lá, o avançado estava lá. Têm é caraterísticas diferentes. O importante é perceber o que os jogadores fazem dentro de campo. Hoje disse-lhes quea confiança que temos de ter, porque sabíamos que não estávamos a viver um momento de grande confiança, é que temos de ter a certeza do que temos de fazer. E eles sabem o que têm de fazer. Se amanhã tiver de por um avançado a central, ele pode não desempenhar da mesma forma essa função, mas ele sabe quais são as funções primárias de um central. Se meter o Fransérgio a central, a lateral..., ele sabe quais são as suas funções.
Todos a pensar no mesmo: "Quando conseguimos pensar todos a mesma coisa ao mesmo tempo tornámo-nos uma equipa altamente competitiva e é isso que nós queremos. Olhar para trás, aprender com o que se passou e continuar com o nosso caminho. Sabemos que o nosso caminho é duro, criamos expectativas nas pessoas, mas queremos objetivos realistas e cimentar a nossa posição. É isso que vamos tentar fazer. Estamos de consciência tranquila com o que fizemos aqui hoje. Temos de ser grandes em tudo. Temos de ser grandes no empenho, na entrega, temos de ser grandes com o apoio dos nossos adeptos".
Encurtar distâncias para os primeiro e segundo classificados: "Todos nós temos sonhos. Não podemos é confundir o sonho com a realidade. Os objetivos estão bem traçados. Muita gente nos pergunta o que é que falta. Não é o que falta, é o que já conquistamos nestes 14 anos até esta parte. É continuar a olhar para esse caminho, é perceber e ser realista, ter objetivos desafiadores e realistas. Queremos entusiasmar os nossos adeptos com os nossos jogos, com a nossa forma de jogar, mas também queremos que eles nos entusiasmem com o apoio porque precisamos muito do apoio deles".