ENTREVISTA, PARTE II - Avançado não se adaptou a Lisboa e regressou ao Norte para representar o FC Porto, onde só jogou um ano. De regresso ao Boavista, voltou a ser feliz e, esta época, ganhou espaço como titular.
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Natural de Espinho, Tiago Morais iniciou a ainda curta carreira no Arcozelo, clube de Vila Nova de Gaia, onde esteve três épocas. Há 10 anos, no início da temporada de 2013/14, foi convidado pelo Boavista e mudou-se para o Bessa. Ficou até 2017 e recebeu, nessa altura, um convite para representar o Benfica. Viajou de armas e bagagens para o Seixal, instalando-se no centro de estágio dos encarnados: marcou sete golos em 14 jogos pelos juniores C.
A adaptação não foi fácil e pediu para sair, rescindindo amigavelmente o contrato. De regresso ao Norte, transferiu-se para o FC Porto, mas só jogou pelo Padroense, uma espécie de equipa-satélite dos dragões. Marcou três golos em 13 jogos, mas, no final da época, regressou ao Boavista, clube com o qual tem contrato até 2026.
Como é que dá o salto do Arcozelo para o Boavista?
-Foi o míster Germano que me foi buscar ao Arcozelo. Ele até está agora a trabalhar connosco na equipa principal. Tinha nove ou dez anos. Jogava do meio-campo para a frente, sem posição fixa.
E como foi a passagem pelo Benfica?
-Estive um ano no Benfica e vivia na academia do clube, no Seixal. Na altura tinha mais tempo de contrato, mas não estava feliz e deixaram-me sair e voltar ao Boavista.
O que falhou?
-Naquela altura, ainda era muito novo, mas cresci lá como jogador e como pessoa. Foi uma aprendizagem enorme.
Esteve ainda no FC Porto, mas só por um ano. Porquê?
-Era sub-16 e jogávamos pelo Padroense. Tive uma lesão muscular e isso prejudicou-me. Não foi um ano espetacular, mas foi importante. No final, regressei a casa e voltei a sentir-me bem.
No último jogo pelo Padroense marcou e o Martim Tavares também. Curiosamente, jogam agora no Boavista...
-Já conheço o Martim há muito tempo. É um jogador com muita qualidade.