Mumin, central ganês, ganhou o lugar a Jorge Fernandes, revelando-se fundamental no desarme nos últimos dois jogos, frente a Vizela e Braga.
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O desempenho tremido de Jorge Fernandes frente ao Estoril, num jogo em que Alfa Semedo receberia ordem de expulsão aos 56 minutos, por acumulação de amarelos, revelou-se fatal para o central português.
Depois de ter terminado a época anterior como figura secundária, o defesa ganês alcançou a titularidade à terceira jornada e o Vitória manteve a baliza trancada. Dupla com Borevkovic está para durar
Pepa achou por bem apostar em Abdul Mumin, que vinha dando boas indicações nos treinos, e o central ganês agarrou a oportunidade, demonstrando logo no primeiro jogo, diante do Vizela, tratar-se de um exímio travão de ataques contrários. É certo que o Vitória acabou a golear por 4-0, mas o rival minhoto não deixou de ameaçar, e foi aí que Mumin apareceu de forma autoritária, somando quatro cortes preciosos. Nenhum outro companheiro se revelou tão ativo nessa matéria, incluindo Borevkovic, cada vez mais um valor seguro no eixo defensivo.
O regresso de Mumin às luzes da ribalta não foi passageiro. Na jornada seguinte, voltou a merecer a confiança do treinador e voltou a estar em bom plano, destacando-se outra vez nos roubos de bola (quatro) e brilhando igualmente na distribuição de jogo, tendo sido aqui também o melhor, com 35 passes certos. O banco de suplentes ficou para trás, assim como o fim de época anterior modesto, com menos sequências de jogos como titular, apesar de ainda ter beneficiado de uma defesa a três, então idealizada por Bino Maçães.
Apesar de ter tido uma ponta final pouco famosa, a verdade é que Mumin resistiu à dispensa, ao invés do que se verificou com vários jogadores. Pepa tinha boas referências do defesa e sabe que este será capaz de se tornar num dos elementos mais valiosos do sector mais recuado, em linha com o que já havia demonstrado ao serviço do Nordsjaelland (Dinamarca), em 2019/20. Em entrevista a O JOGO, a 9 de março de 2021, o próprio central confirmou ter sido observado por dois grandes do futebol português.
"O meu agente falou-me do Benfica e do FC Porto. Escolhemos o Vitória porque entendemos que seria o clube ideal para desenvolver o meu potencial", contou aquele que tem sido, nesta época, um dos motivos para a absoluta impermeabilidade do Vitória nas últimas três jornadas.