Referenciado por vários clubes neste verão, Edwards garante mais cruzamentos e remates por jogo. Em duelos ganhos e recuperações, Rochinha oferece mais consistência e segurança .
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Mantendo-se Ricardo Quaresma dono e senhor da asa direita do ataque do Vitória de Guimarães, Rochinha e Edwards têm-se batido ferozmente, como única alternativa, pelo flanco esquerdo, sendo arriscado dizer nesta altura que está encontrado um vencedor do duelo.
É certo que o primeiro foi titular nos últimos dois jogos, frente ao Vizela e Braga, mas Edwards está bem presente no leque de opções de Pepa, somando por isso mais 60 minutos de tempo de utilização nesta época (incluindo dois jogos da Taça da Liga) do que o extremo português. Falta-lhe, porém, a consistência do concorrente direto, alternando momentos confrangedores, como foi o golo fácil que desperdiçou na ponta final do jogo com o Portimonense (até pediu desculpa aos adeptos nas redes sociais), com outros de classe superior, e o jogo com o Vizela foi exemplo, com o inglês a saltar do banco para revolucionar, apontando um golo e arrancando um penálti. Estava de volta o mágico dos minhotos, mas tais momentos de inspiração não lhe valeram a titularidade no dérbi com o Braga, na jornada seguinte.
Pepa manteve a aposta em Rochinha e os números ajudam a perceber essa preferência, sendo o atual dono do corredor canhoto mais forte do que Marcus Edwards nos duelos ganhos por jogo (27,31 contra 19,88), nas interceções ( 1,67 contra 1,12) e nas recuperações de bola (4,18 contra 1,79). São parâmetros essenciais para o treinador, decidido a reconstruir o edifício vitoriano a partir de uma defesa consistente, para a qual todos devem contribuir. O 16 do Vitória está ainda próximo de Edwards no capítulo do passe (o primeiro garante 23,41 por jogo e o segundo de 27,02), somando, em média, mais ações bem sucedidas (62,97 contra 58,519).
O que falta em capacidade de luta ao internacional inglês sub-20, um dos mais cobiçados do plantel vitoriano neste verão, sobra em improviso e poder de fogo, sendo este mais rematador do que Rochinha (2,9 disparos por jogo contra 1,95) e disponível para servir os companheiros da frente através de cruzamentos (2,68 contra 1,39). Em dribles com sucesso, verifica-se quase uma igualdade, com ambos na margem dos 7,5 por jogo.