Carlos César, presidente do PS e ainda líder da bancada parlamentar do mesmo partido, respondeu esta segunda-feira ao teor dos tweets publicados domingo por Ana Gomes, ex-eurodeputada
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A ex-deputada do Parlamento Europeu, Ana Gomes, divulgou este domingo, na rede social Twitter, um relatório elaborado pela Comissão Europeia sobre os "riscos de captura e 'lavandaria' por máfias via clubes de futebol", e que refere, entre outros, um esquema russo em Portugal, detetado pela Polícia Judiciária e a Europol, a conhecia Operação Matrioskas.
Ana Gomes refere que na página 235 do relatório, "a Comissão Europeia aponta o uso de 'membros de família, advogados, consultores e contabilistas' em transferências de jogadores de futebol para criar estruturas para branquear e transferir fundos e investimentos mafiosos em negócios legítimos, via contratos de imagem, publicidade e patrocínio". Num segundo tweet, a socialista refere-se a Carlos César, presidente do PS, quando diz: "Para ilustração de César e de todos que fecham olhos: relatório da CE sobre riscos de captura e "lavandaria" por máfias via clubes de futebol".
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Ora, um dia depois, foi a vez de Carlos César responder às opiniões de Ana Gomes, tendo-o feito através de uma declaração ao Diário de Notícias. O líder socialista considera que a ex-eurodeputada tem "o hábito de insultar quem não lhe faz a corte", explicando ainda a decisão de responder ao pedido de esclarecimento do Benfica.
Uma resposta a que O JOGO teve acesso e na qual o Partido Socialista demarcou-se das acusações feitas por Ana Gomes, ex-eurodeputada do partido, em relação à transferência de João Félix.
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"O que foi necessário neste caso aclarar é que ela podia falar em nome do PS quando era assalariada do aparelho do partido, mas agora não", lê-se no DN.
"No que me toca, neste caso específico, como em qualquer outro, tenho tanto receio em falar de Luís Filipe Vieira [presidente do Benfica] como de Ana Gomes, ou seja, nenhum", disse ainda. "Quanto a corrupção, seja no desporto seja noutras atividades, todos sabemos que ela existe e deve e tem que ser combatida e severamente punida. Importa, todavia, não imputar nem insinuar a prática de tais comportamentos a pessoas ou entidades em relação às quais não tenhamos provas ou não sejamos capazes de assumir as responsabilidades do que dizemos", finalizou Carlos César.
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