Celso Sidney, do Lusitânia dos Açores, apontou dois golos nos últimos três jogos e o que marcou ao Covilhã pode ser decisivo para a permanência
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Celso Sidney está a aparecer em grande forma neste final de temporada e em boa hora para a equipa do Lusitânia dos Açores, que, em último lugar do Grupo 2 da fase de permanência, procura manter-se na Liga 3. O avançado, de 23 anos, marcou dois golos nos últimos três jogos, o último dos quais na jornada anterior, numa importante vitória caseira sobre o Covilhã (2-0). “Fiquei feliz por conseguir ajudar a equipa nos seus objetivos e ainda mais frente a um adversário direto”, confidenciou, em conversa com O JOGO.
O camisola 77 dos açorianos considera que houve uma mudança fulcral para que esteja a marcar golos nesta fase da época. “Tenho vindo a jogar como ponta-de-lança nas últimas jornadas, logo estou mais próximo da baliza e os golos têm surgido. E o treinador Orlando Costa é alguém muito humano e próximo dos jogadores. Passa-nos muita confiança”, descreveu, avançando para um objetivo nos seis jogos que faltam jogar na Liga 3. “Tracei a meta de fazer dez golos. Faltam seis jogos e tenho três, sei que é difícil, mas trabalho com foco e mentalidade nesse objetivo.”
No entanto, reconhece que o coletivo está acima do individual. “Primeiro, está a nossa equipa. Se conseguirmos a permanência na Liga 3 e eu não fizer esses golos, fico ainda mais feliz, porque cumprimos o nosso objetivo”, garantiu Celso Sidney.
Em termos coletivos, a temporada está a ser atribulada para o Lusitânia dos Açores. A formação da ilha Terceira já vai no quarto treinador, mas o avançado acredita que esta última mudança foi a mais acertada. “A entrada do míster Orlando Costa mexeu com o balneário. É alguém com bons princípios, passando-os para a equipa, e mostra que confia em todos. Penso que qualquer jogador, mesmo aqueles que não jogam, sentem-se confiantes nesta fase”, elogiou.
O dianteiro mudou-se no verão para o Lusitânia dos Açores, depois de uma época no Amora. “Na altura, fui contactado pelo Ricardo Pessoa, que agora está no Portimonense e foi o treinador que começou a época. Transmitiu-me muita confiança e senti que não vinha para ser mais um, mas para ajudar muito a equipa como peça fundamental. Foi isso que me fez aceitar este projeto, até porque tinha outras opções”, contou Celso Sidney, enumerando as vantagens de estar a viver atualmente numa ilha. “Temos mais tempo para pensar no futebol, por aqui não há distrações. Por isso, a nossa rotina diária é composta por treino e descanso. É verdade que não existem grandes atividades de lazer, mas não estou preocupado com isso. O meu foco é o Lusitânia”.
Regresso a Inglaterra faz parte dos planos
Quando tinha 17 anos, Celso Sidney viajou para Inglaterra, país onde cumpriu uma temporada nos juniores do West Ham. “Aprendi muita coisa, até falar inglês, algo que considero muito importante para um jogador. Foi bom também conhecer outros mundos, outras condições de treino e outro profissionalismo”, descreveu o avançado do Lusitânia dos Açores, manifestando um desejo. “Trabalho para voltar um dia a Inglaterra. O meu sonho é jogar na Premier League”.