Pediu escusa da seleção do Irão para acelerar a adaptação ao FC Porto e poder ser titular na Taça de Portugal.
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Foi com o pensamento na titularidade contra o Fabril do Barreiro, na Taça de Portugal (dia 21), que Taremi decidiu pedir dispensa do particular que a seleção do Irão tem agendado para quinta-feira, com a Bósnia e Herzegovina.
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Uma decisão que o selecionador, Dragan Skocic, não esperava, mas que foi bastante ponderada pelo atacante, que sente estar perante um momento importante da ainda curta carreira no FC Porto. O iraniano foi o único reforço do centro do ataque que ainda não entrou no onze e procurou explicar ao treinador de origem croata que precisava deste período para melhorar a adaptação ao clube, bem como trabalhar alguns aspetos técnicos e táticos nos quais ainda precisa de melhorar, no sentido de cimentar uma posição entre as opções de Sérgio Conceição. Uma atitude, naturalmente, bem acolhida pela estrutura técnica dos dragões, uma vez que o treinador e o adjunto Vítor Bruno lamentaram, ao longo do fim de semana, ter tão pouca gente com quem trabalhar nesta paragem. A decisão do atacante, porém, já havia sido tomada antes de ambos abordarem o tema em conferência de Imprensa e, claro, ainda longe de imaginar que a estreia a marcar pelos dragões aconteceria no domingo, na receção ao Portimonense.
Iraniano preferiu não arriscar perder treinos importantes por causa das viagens, falhando "apenas" um particular com a Bósnia (amanhã). A atitude caiu bem junto da estrutura técnica portista
Face a esta conjugação de fatores (dispensa de seleção e golo), Taremi ganhou pontos importantes na luta pelo onze frente ao Fabril. O golo foi muito importante, mas a permanência no Olival também. Se tivesse ido à seleção, o atacante teria de enfrentar o "inferno" das viagens, ainda por cima numa altura em que os países estão apertar as regras sanitárias no sentido de controlar a pandemia, e poderia perder vários treinos importantes. Foi isso que aconteceu, por exemplo, em outubro, quando se apresentou muito em cima do clássico com o Sporting e foi ultrapassado por Toni Martínez, que ficara a trabalhar no Olival.
Desta vez, contudo, as posições estão invertidas e é o iraniano quem está melhor colocado para entrar de início. A seleção nunca ficará para trás, até porque, entre as habituais escolhas de Dragan Skocic, o portista é o quarto com mais internacionalizações (38). Mas, nesta altura, valores mais altos se levantavam. Até porque a afirmação plena de azul e branco também pode ajudar, no futuro, a seleção iraniana.