Rodiney Sampaio, presidente da SAD do Portimonense, não descarta alcançar um brilharete na Taça, embora reconheça o favoritismo do Sporting
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“As expectativas são grandes, apesar da realidade e contexto totalmente diferentes”, argumenta Rodiney Sampaio, presidente da SAD do Portimonense, a propósito da receção ao Sporting, para a Taça de Portugal, na noite de sexta-feira. “O adversário tem a obrigação de ganhar e nós a obrigação de fazer um bom jogo, em casa, e obtermos, porque não, um resultado a nosso favor”, adianta o dirigente.
A importância de voltar a receber uma equipa grande em Portimão é um dado claramente positivo, depois da descida dos algarvios à II Liga na época passada, naquilo que Rodiney rotula de “importância redobrada”, mais a mais tratando-se do campeão nacional e líder do campeonato. “Jogar em casa é sempre uma vantagem e o nosso estádio tem sido um terreno difícil para as equipas grandes. Queremos fazer do Portimão Estádio uma fortaleza, dificultando ao máximo a tarefa dos adversários e procurando sair vitoriosos”.
Os algarvios sentiram o choque da descida e o plantel sofreu uma enorme transformação. Acresce que as coisas não começaram bem e a administração teve de procurar outro treinador, substituindo Sérgio Vieira por Ricardo Pessoa à 4.ª jornada. A nível de resultados, porém, o saldo ainda é negativo e a equipa ocupa uma posição na metade inferior da tabela, embora com um jogo a menos. “Esta paragem foi benéfica, no sentido de que o míster dispôs de mais tempo para expor as suas ideias e, ao mesmo tempo, os jogadores puderam assimilar mais e melhor esses conceitos de jogo”, argumenta Rodiney, antes de mostrar alguma exigência. “Todos os jogos são importantes, não é só este com o Sporting. Existe uma motivação extra, concordo, mas os jogadores, como corpo de uma estrutura, têm de estar constantemente motivados”.
A terminar, o presidente dirige-se aos sócios. “Venham apoiar e acreditem na equipa. Atrasámo-nos um pouco, mas continuamos a pensar positivo e com Ricardo Pessoa as coisas vão melhorar.”
Descida teve “impacto brutal”
Rodiney Sampaio afirma que a queda na II Liga “tem um impacto negativo e até brutal em quase todos os aspetos”, aludindo, inclusive, à desmotivação de muitos jogadores, que não quiseram jogar num nível abaixo, “dando mostras de um abalo em termos psicológicos”.
O dirigente fala ainda da quebra financeira e do planeamento que sofreu alguns atrasos face à “decisão da Liga a propósito do licenciamento”, numa indireta ao caso do Boavista. Seja como for, não tem dúvidas de que “competir na II Liga é muito mais difícil do que na I Liga”, destacando o equilíbrio de forças e a competitividade de um escalão repleto de favoritos à subida.