SAD trabalha para resolver a situação de, para já, nove jogadores que não entram nos planos de Rúben Amorim.
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Na disputa de todas as provas domésticas, o Sporting entra em 2021 a viver um excelente momento desportivo, mas com a noção que o trabalho fora das quatro linhas não pode parar.
Após um defeso direcionado para o reforço do onze comandado por Rúben Amorim com valores seguros, a SAD vai dar sequência ao trabalho de saneamento financeiro iniciado em 2018 e avaliar a melhor forma de rentabilizar os cerca de 24 M€ estagnados na Academia com ativos que não entram nos planos do treinador.
Esse valor é dividido entre os 17,67 M€ gastos na aquisição de sete dos dez leões "encostados" e dos 6,48 M€ de salários que todos eles auferem em conjunto (ver quadro).
Dois dos jogadores à cabeça dessa lista são Renan e Ristovski. Destaque da equipa na conquista dos dois últimos troféus dos leões, a Taça da Liga e a Taça de Portugal de 2018/2019, o guarda-redes brasileiro caiu para terceiro da hierarquia da baliza atrás de Luís Maximiano e de Adán e tem luz verde para definir o seu futuro em janeiro, com o Sporting a privilegiar uma transferência em definitivo ou um empréstimo com cláusula de opção obrigatória. Já o lateral-direito, titular nos últimos anos com direito a um salário de 825 mil euros/anuais, foi afastado dos trabalhos da equipa principal após um desentendimento com Rúben Amorim.
Contratados na vigência da atual direção a troco de 7,4 milhões de euros, Rafael Camacho e Tiago Ilori são outros casos bicudos à espera de resolução. O extremo até começou por ser titular nos primeiros jogos do técnico contratado ao Braga como ala direito, mas não deu a resposta esperada e tem-se limitado a aparições esporádicas nos bês. Já o central foi remetido para a obscuridade com a aposta do clubes nos jovens Eduardo Quaresma e Gonçalo Inácio. Os salários de Camacho e Ilori chegam, em conjunto, aos 2,2 M€ anuais e, somados aos 1,4 M€ de Bruno Gaspar (ver peça à parte), representam grande parte do bolo total de 6,48 M€. O lateral-direito contratado ao Olympiacos, que chegou a Alvalade nos derradeiros dias da era Bruno de Carvalho, também encabeça a lista dos "encostados" ao nível do preço: 4,5 M€.
Diga-se que outros processos estão em marcha, uma vez que no caso de Ivanildo Fernandes foi ontem oficializado como reforço do Almería por empréstimo até ao final da época, ficando o emblema da segunda divisão espanhola com uma opção de compra de três milhões de euros, isto se quiser manter o defesa-central de 24 anos nos seus quadros. Outros nomes, porém, provavelmente vão juntar-se a este lote, pois a sua devolução é praticamente certa, falamos de Pedro Mendes, avançado que tem estado emprestado ao Almería sem o sucesso desejado, e Diaby, atacante internacional maliano que faz parte do elenco dos espanhóis do Getafe, igualmente na condição de cedido até ao final da presente temporada. Daí que estas contas possam ainda aumentar substancialmente, pois Diaby custou aos cofres leoninos 5,5 M€, entre valor de transferência e comissão de intermediação, auferindo um ordenado bruto na ordem dos dois milhões de euros anuais.
Recorde-se que, no passado mês de agosto, o administrador da SAD André Bernardo destacou o emagrecimento da massa salarial do plantel, revelando que esta era cerca de 18 M€ inferior em comparação com a que se registava no verão de 2018. Para este valor muito contribuíram as saídas de Dost, Bruno Fernandes, Vietto ou Acuña - com o respetivo retorno financeiro -, sobrando agora resolver o futuro do supracitado lote numa altura de dificuldades à conta da pandemia da covid-19, onde todos o cêntimos contam.