Sporting peca no ataque organizado, mas segredo está nos lances de laboratório
Lances de estratégia e a velocidade dos contra-ataques são as grandes armas dos leões para marcar. Contra o Besiktas, três resultaram de bola parada e o quarto de uma saída rápida
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O Sporting saiu triunfante de Istambul (4-1 ao Besiktas na Liga dos Campeões) e a receita do sucesso foi a bola parada, com três golos a serem obtidos por esta via, e o contra-ataque, do qual resultou o quarto.
Analisando os golos que ressuscitaram o leão na prova milionária e somando os restantes jogos da época, deteta-se um padrão que identifica as duas formas como os verdes e brancos são mais letais.
Os lances de laboratório têm grande preponderância na equipa leonina e feitas as contas, de um total de 24 golos apontados nos 13 jogos já disputados, 11 (45,8%) resultaram de lances estudados (cinco na sequência de canto, um após livre indireto e os restantes cinco na frieza dos penáltis).
A estratégia é cada vez mais importante no futebol moderno e as movimentações nos segundos que se seguem ao bater de um livre ou canto dão frutos em Alvalade.
É de realçar, porém, que numa equipa que se caracteriza por dominar os adversários e por ter mais posse o contra-ataque seja a segunda tipologia mais eficaz: nove golos (37,5%). O leão fulmina em ataque rápido, em transições velozes, mas sofre para marcar em ataque organizado. Em 2021/22, apontou apenas quatro golos (16,6%) desta forma, números pouco habituais num candidato ao título.
Refira-se que apenas uma vez o Sporting ficou em branco, contra o Dortmund.