"No Sporting existe um segmento de sócios que decide proselitamente sem racionalidade ou evidências"
A aprovação das contas do Sporting, relativas a 2019/20 e 2020/21, vai a votos no sábado, em Assembleia-Geral. André Bernardo, administrador da SAD leonina, abordou o tema.
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André Bernardo, administrador da SAD do Sporting, apresentou "três razões" para que os sócios votem a aprovação das contas do clube relativas aos exercícios de 2019/2020 e 2020/2021, na Assembleia-Geral que vai ter lugar no sábado, dia 23.
"O Sporting CP não só apresentou lucro, como inclusive em 2020/2021 registou o melhor resultado líquido desde 2014/2015 com €4,3M. O que não é hipotético é que de facto existiu um motivo de força maior chamado COVID-19, e que teve todos os impactos sabidos, mas apesar disso tivemos lucro", começa por referir, no editorial do Jornal Sporting.
"A normativa contabilística mais utilizada no mundo é o IFRS. Aliás, a mesma que é utilizada na Sporting SAD. O Clube utilizava a normativa SNC, a menos utilizada, o que, por consequência, tornava a harmonização e comparativo mais difícil. Tivesse o Sporting CP alterado no sentido inverso, isto é, de IFRS para SNC, entender-se-ia algum cepticismo. Mais, fosse também o caso que, resultante desta alteração, existisse uma "inflação" dos resultados com algum intuito de cosmética, uma não aprovação seria igualmente explicável. Acontece que o Sporting CP alterou de SNC para o IFRS e, como consequência disso, o Resultado Líquido baixou de €4,3 milhões para €135 milhares de euros", explica.
"Em resumo, o voto de aprovação de contas é um voto de aprovação relativamente às contas. Ponto. Que exige por parte dos sócios um dever de objectividade e responsabilidade perante a Associação secular da qual fazem parte, e por cuja imagem de credibilidade e reputação devem zelar. Qualquer outro intuito fere este princípio e o bem superior do Sporting Clube de Portugal. Todos os Sócios, independentemente do seu direito de opinião e liberdade de expressão, deviam ter isto presente.
O que é hoje em dia, mais do que nunca, evidente é que no Sporting CP existe um segmento de sócios que decide proselitamente sem qualquer base de racionalidade ou evidências", finalizou André Bernardo.