Será candidato à presidência do Sporting e fala em "AG ferida de ilegalidades"
Veja a mensagem de Nuno Sousa nas redes sociais.
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Nuno Sousa, candidato assumido às próximas eleições para a presidência do Sporting, em 2022, deixa críticas públicas à Assembleia Geral do emblema leonino agendada para dia 23 de outubro.
"Tenho optado, em todos os momentos mais críticos, por tomar posição, não me escondendo no silêncio. A marcação da AG do próximo dia 23 de outubro é um dos casos em que se impõe assumir uma posição frontal, face a tal AG e à sua finalidade, por entender que a mesma está ferida de ilegalidades", começa por escrever, enumerando depois os aspetos que considera ilegais.
Veja a mensagem na íntegra:
"Tenho optado, em todos os momentos mais críticos, por tomar posição, não me escondendo no silêncio.
A marcação da AG do próximo dia 23 de outubro é um dos casos em que se impõe assumir uma posição frontal, face a tal AG e à sua finalidade, por entender que a mesma está ferida de ilegalidades. As ilegalidades são:
1 - Submeter novamente a nova votação das Contas pela AG, pois o R&C já foi objeto de apreciação e votação pelos Sócios, sendo que, quer em relação ao do ano passado, quer ao do presente ano, os Sócios, mal ou bem, no âmbito da sua livre vontade, reprovaram os respetivos documentos.
2 - A convocação da próxima Assembleia Geral é um abuso de direito e usurpação de poder, pois a discussão e votação do relatório e das contas do exercício são da exclusiva competência da Assembleia Geral.
3 - Universo de Sócios convocados para a Assembleia Geral o universo de Sócios que está a ser convocado para esta AG é significativamente diferente do universo de sócios que existia a 26/09/2020 e a 30/09/2021, contrariando até a visão da MAG, que se recusa a ler e a votar as atas precisamente porque diz que os universos são diferentes e por isso não poder aplicar aquele preceito dos regulamentos.
4 - Violação do princípio da igualdade de participação e da expressão do direito de voto as AG deviam de obedecer ao princípio da igualdade (com expressão estatutária e constitucional), mas em vez disso existe uma clara discrepância e desigualdade de tratamento de "tempo e modo" entre o exercício de voto facultado aos sócios na AG de 30 de setembro e a agendada para 23 de outubro. Há uma evidente desigualdade, tratando-se de forma desigual aquilo que é igual, ou deveria ser igual, nomeadamente com a marcação para um sábado com horário alargado de votação.
Após os chumbos, a MAG só tinha um caminho a seguir: após apuramento de resultados e verificada a não aprovação dos documentos, devolver, de imediato a decisão aos Sócios presentes na Assembleia Geral, para que esta, e só esta, "motivadamente, deliberasse a elaboração de novas contas, ou reformular as apresentadas, dispondo o Conselho Diretivo do prazo de oito dias, para proceder a tal correção ou aperfeiçoamento". Caberia então ao Conselho Diretivo, em caso de entender não haver causa para a correção ou aperfeiçoamento, solicitar o competente inquérito judicial (como forma de se desobrigar da decisão tomada pela Assembleia Geral).
Assim, face a este quadro totalmente inaceitável e ilegal para um Clube de pergaminhos democráticos e no cumprimento do Estado de Direito, que assumo a posição de voto negativo na próxima Assembleia Geral, porquanto acima da análise subjetiva dos números, que já a fiz em sede da AG de 30 de setembro, deve predominar a legalidade e o Estado de direito."