Sporting com dores de crescimento: "Rui Borges vai querer fazer as coisas da maneira dele..."

A derrota do Sporting frente ao Benfica na final da Supertaça Cândido de Oliveira, na quinta-feira, deixou à vista algumas “dores de crescimento” de uma nova equipa que começa a tomar forma, à imagem de Rui Borges.

Francisco Barão, antiga glória leonina, explicou, em declarações a O JOGO, que a integração dos reforços – Kochorashvili, Alisson, Suárez, Ricardo Mangas e Vagiannidis – poderá ajudar a equipa a adaptar-se ao novo sistema tático: “O jogo com o Benfica deu algumas indicações, assim como algumas dúvidas com a mudança do sistema tático. Este jogo pode dar indícios a quem comanda para tirar o melhor proveito do plantel que tem. Com a vinda de alguns jogadores, Rui Borges também vai ter mais opções. Este ano, as aquisições feitas foram ao encontro do desejo do treinador, que vai querer fazer as coisas da maneira dele. Os jogadores que vieram vão ajudar Rui Borges a usar o sistema de que gosta [4-2-3-1].

Luis Suárez, contratado para a vaga que Gyokeres deixou no plantel, poderá ser, precisamente, uma das peças mais importantes para esta adaptação: “O Harder será sempre um jogador bom para entrar. É novo, trabalha muito dentro do campo, mas ainda tem muito por onde crescer. Penso que ainda precisa de outra figura, como Gyokeres foi no ano passado, que se assuma como titular, com o Harder a entrar quando o jogo assim o pedir. Acredito que vai ter um papel semelhante este ano, de plano B, para grande parte das situações. Suárez terá mais possibilidades de ser titular. O crescimento do Harder, porém, é notório, e ele vai jogar mais este ano”.

Francisco Barão alertou, ainda, para o excesso de opções para o eixo defensivo: “O plantel estava formado para jogar com três centrais e, por isso, tinha seis centrais. Agora, a jogar com uma dupla de centrais, não vai ser fácil deixar quatro centrais no banco. Vamos ver como o Rui Borges vai gerir a situação”.