Siqueira olha para a I Liga e vê dois grandes negócios: um no Benfica e outro no FC Porto
ENTREVISTA, PARTE II - Siqueira falou a O JOGO sobre dois laterais que dão cartas o futebol português.
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Siqueira falou das dificuldades que o Benfica teve no passado para encontrar bons laterais-esquerdos, mas no quadro atual, o antigo jogador sente que as águias podem arranjar um substituto à altura de Grimaldo, caso o espanhol saia.
"O Benfica não terá problema. Se há coisa que fazem bem é contratar atletas interessantes e jovens. Na altura, o Grimaldo vinha do Barcelona B, poucos o conheciam e surpreendeu. Por isso, se sair, não haverá problema", afiança, sobre um lateral com "bola parada perfeita e muito presente em todas as fases do jogo".
Conhecedor da posição como ninguém, Siqueira também não estranha que Alex Telles, lateral-esquerdo do FC Porto, "a alto nível há muito tempo" como Grimaldo, possa ser cobiçado. "O Alex é mais experiente, mais pausado, muito inteligente e com batida de bola espetacular. São dois laterais que sendo colocados no mercado, haverá diversas opções para que os clubes façam encaixe financeiro e saiam pela porta da frente", analisa Siqueira.
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Com passagens por Granada, Atlético de Madrid e Valência, só na liga espanhola, Siqueira considera que "o campeonato português é muito atrativo para compras" e hoje em dia, quem der nas vistas não passa despercebido a emblemas com mais argumentos financeiros. "São jogadores que se destacam e é normal que sejam falados para outros clubes. Gosto de ambos, são muito completos", comenta sobre Grimaldo e Alex Telles.
Amorim com "escola muito boa"
Rúben Amorim era um dos jogadores que integrava o plantel encarnado em 2013/14 e Siqueira tem mantido contacto com o treinador do Sporting, cujo caráter merece elogios. "Converso com muitos ex-companheiros e é gratificante. Rúben teve uma escola muito boa, ficou muito tempo no Benfica e aprendeu com profissionais muito capacitados. Tenho a certeza que a ideia de jogo dele é o que ele era em campo", diz, referindo-se ao antigo médio como alguém que apresentava "muita técnica". "Fico orgulhoso e muito feliz que desempenhe este papel no futebol, porque alguém com a índole do Rúben e tão profissional é do que o futebol precisa hoje em dia", diz Siqueira.
Final da Liga Europa perdida "doeu bastante"
A final da Liga Europa perdida para o Sevilha em 2014, deveu-se à atuação de Beto no desempate por penáltis. A derrota "doeu bastante". "Tivemos um volume de jogo muito maior e mais oportunidades. Para coroar o nosso ano, merecíamos vencer. Beto adiantou-se, mas cabe ao árbitro decidir e parece que não quis ver. Os guarda-redes têm o direito de fazer isso e hoje há mais recursos para decidir", lembra.