Van Langenhove diz que os batoteiros foram Vata e Bernard Tapie
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"Se naquela altura o VAR existisse eu tinha sido salvo" - assim mesmo, com esta lucidez, o árbitro Marcel Langenhove dá agora a mão à palmatória quanto ao erro que permitiu ao Benfica apurar-se para final da Taça dos Campeões Europeus de 1990, depois de um golo de Vata, apontado com a mão, lhe ter permitido ultrapassar o Marselha nas meias-finais.
Foi a 18 de abril de 1990 e o Benfica tinha perdido por 2-1 na primeira mão. Vata entrou aos 53' com o resultado em 0-0. Aos 83', com a mão, marcou o golo que apurou o Benfica.
"Eu não errei, tive apenas azar. Não vi a mão e validei o golo", diz agora Van Langenhove. "O batoteiro foi o Vata, não eu. E também aquele que tem atirado lenha para a fogueira e que eu não digo o nome", diz referindo-se por certo a Bernard Tapie, que na altura era presidente do Marselha e chegou a estar preso por manipulação de resultados.
Tapie acusou-o na altura de ter recebido dinheiro para favorecer o Benfica, mas Van Langenhove nega. "Fui presidente de câmara durante nove anos e fui eleito melhor árbitro da Bélgica durante sete épocas seguidas", responde, para vincar a honestidade. Apesar disso, chegou a receber ameaças sérias por parte de adeptos ligados ao Marselha.
Quanto a Vata, continua ainda hoje a defender que o golo mais famoso da sua carreira foi apontado com o ombro.
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